Tecnologia

Reino Unido ignora crescimento do TikTok durante a crise

01 maio 2020, 12:03 - atualizado em 01 ago 2020, 18:24
As sugestões de preenchimento automático em uma pesquisa no aplicativo TikTok para “5G” incluem “vírus”, “conspiração” e “coronavírus” (Imagem: Unsplash/@konkarampelas)

Parlamentares do Reino Unido se reúnem na quinta-feira para questionar executivos de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo sobre as medidas para eliminar a propagação de informações equivocadas durante a pandemia.

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Mas o TikTok, o aplicativo mais baixado no mundo fora da China durante a crise, segundo a empresa de análise App Annie, não foi convocado a comparecer, apesar da popularidade de postagens feitas por usuários entusiastas que vinculam erroneamente a tecnologia sem fio 5G à propagação do Covid-19.

“Está faltando uma plataforma importante, que está crescendo rapidamente”, disse Mark Andrejevic, professor da Escola de Mídia, Cinema e Jornalismo da Universidade Monash, em Melbourne, sobre a audiência.

“É uma plataforma a ser observada na circulação das teorias da conspiração e deve-se prestar atenção a isso, principalmente por causa de sua popularidade entre os jovens.”

As sugestões de preenchimento automático em uma pesquisa no aplicativo TikTok para “5G” incluem “vírus”, “conspiração” e “coronavírus”. Um clique em um deles na terça-feira leva a uma postagem com um vídeo de torre em chamas com o título “5g sendo queimado” seguido de hashtags, incluindo “#5g“ e “#coronavírus”.

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Uma publicação em 27 de abril nomeia vários epicentros de vírus nos EUA e aponta que os mesmos locais também têm 5G. A implicação é que os dois estão conectados.

Michael Beckerman, chefe de política dos EUA para o TikTok, disse à Bloomberg Television na sexta-feira que a empresa “concentrou muitos recursos” para lidar com informações falsas sobre o coronavírus e o esforço é “realmente importante”.

Uma porta-voz do TikTok disse que não permite a desinformação, incluindo teorias da conspiração, que podem causar danos a usuários ou ao público em geral. Ela não quis comentar sobre questões específicas.

Enquanto rivais como Facebook, Google e Twitter – todos os quais estarão representados na audiência de quinta-feira com parlamentares britânicos – lidam com informações falsas há algum tempo, o TikTok é novato, tendo se expandido depois da compra pela Bytedance, em novembro de 2017, do Muscial.ly, um aplicativo de vídeo social para adolescentes.

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bloomberg@moneytimes.com.br

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