Política

Relator destaca que regras sobre supersalários se aplicarão a todos os servidores públicos

13 jul 2021, 18:41 - atualizado em 13 jul 2021, 18:41
Câmara dos Deputados
Sessão do Plenário da Câmara dos Deputados (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Deputados celebraram a aprovação da proposta que acaba com o pagamento de supersalários no serviço público (PL 6726/16). Aprovado no Plenário da Câmara, o texto tem como objetivo impor o respeito ao teto constitucional.

A proposta teve a unanimidade entre os partidos. O relator, deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), disse que há negociações para que as alterações feitas pela Câmara sejam aprovadas no Senado. “Vamos aguardar que o Senado Federal possa, conforme já combinamos com a relatora, senadora Kátia Abreu, ratificá-lo e escrever esse novo momento para o Brasil”, disse.

O teto constitucional, segundo ele, carece de regulamentação há muitos anos. “A partir de agora, este projeto regulamenta para todo o serviço público brasileiro, para todos os entes federados, para todos os poderes constituídos, a começar do presidente da República. Estão aqui elencados, um a um, até a figura do servidor público que receba o menor salário. Todos eles estão neste projeto”, afirmou Rubens Bueno.

As regras se aplicam aos agentes públicos de todas as esferas de governo (federal, estadual, distrital e municipal) e a todas as esferas de Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), incluindo-se Ministério Público, Defensoria Pública, contratados temporários, empregados e dirigentes de empresas públicas que recebem recursos dos governos (dependentes) para pagar salários e custeio, militares e policiais militares, aposentados e pensionistas.

O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) afirmou que a votação é um marco desta legislatura. “Esse exagero dos supersalários, salários extras, indenizações extras, acima de R$ 40 mil, é inexplicável, injustificável. Nós vamos regrar, regular, para que ninguém extrapole no serviço público, recebendo esses valores altíssimos”, declarou.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) destacou que é autora de propostas aprovadas apensadas. “Para mim, é um dia de muita alegria por estar aprovando dois projetos da nossa autoria, junto com a bancada do Cidadania”, disse.

Improbidade administrativa

O deputado Marcelo Moraes (PTB-RS) destacou que a proposta torna improbidade administrativa pagar salário acima do teto no País, ponto sugerido por ele e incorporado ao texto final.

Já o deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) afirmou que o respeito ao teto constitucional é uma demanda da população. “Esta Casa demonstra que estamos perto da população e sensíveis à realidade do Brasil. Nós estamos tratando de uma pandemia, nós estamos tratando de dificuldades financeiras. Não há nexo em estarmos ainda debatendo os supersalários”, afirmou.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.