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Relatório aponta que 16 blockchains teriam códigos secretos que permitem congelar fundos de usuários; veja quais

12 nov 2025, 9:44 - atualizado em 12 nov 2025, 9:46
(Imagem: Freepik/iuriimotov)

Um novo relatório do Lazarus Security Lab, segmento de segurança da Bybit, revelou que 16 grandes blockchains incluem código que permite congelar ou restringir fundos de usuários. 

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O relatório, intitulado Blockchain Freezing Exposed: Examine The Impact of Fund Freezing Ability in Blockchain, é a primeira análise em larga escala de como as blockchains podem intervir nas transações dos usuários. 

Apesar de parecer contraditório — tendo em vista que as criptomoedas nasceram com o ideal de ser um “dinheiro de impossível interferência externa” —, mas a ideia por trás desses códigos é conter incidentes de segurança, como ataques hackers e explorações.

“A blockchain foi construída com base no princípio da descentralização — ainda assim, nossa pesquisa mostra que muitas redes estão desenvolvendo mecanismos de segurança pragmáticos para responder rapidamente às ameaças”, disse David Zong, Chefe de Controle de Risco e Segurança do Grupo na Bybit.

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Contudo, vale dizer que o relatório examinou 166 redes blockchain usando uma análise baseada em inteligência artificial (IA), combinada com uma revisão manual. Ou seja, as redes com códigos de congelamento representam menos de 10% do total analisado. 

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Além disso, os pesquisadores descobriram que, embora 16 cadeias atualmente tenham funções de congelamento, outras 19 poderiam introduzi-las com alterações de protocolo relativamente pequenas.

“À medida que a cripto amadurece, mecanismos de segurança claros e transparentes ajudarão a construir confiança duradoura entre usuários e instituições”, conclui o estudo.

Os tipos de congelamento em blockchain

O relatório identifica três tipos distintos de mecanismos de congelamento de fundos, identificados nas seguintes redes:

  • Congelamento Hardcoded (codificado): Incorporado diretamente no código da blockchain. As redes identificadas foram: CHILIZ, VIC XDC, BNB (BNB Chain) e VECHAIN;
  • Congelamento Baseado em Configuração: Gerenciado através de configurações de validadores ou da fundação. As redes identificadas foram: ONE, HVH, APTOS (Implementado após o hack Cetus na Sui), SUPRA, EOS, ROSE, WAXP, SUI, LINEA e WAVES;
  • Congelamento de Contrato On-Chain: Executado por meio de contratos de sistema. A rede identificada foi: HECO (Huobi Eco Chain).

Essas intervenções demonstram como as funções de congelamento de fundos podem servir como ferramentas de emergência para proteger os usuários e mitigar danos em violações de segurança em grande escala.

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Para realizar a análise, o Lazarus Security Lab da Bybit construiu uma estrutura de detecção assistida por IA para escanear a base de códigos em busca de módulos que permitam o blacklisting, filtragem de transações ou atualizações dinâmicas de configuração.

Contudo, pesquisadores humanos também validaram cada caso para garantir a precisão.

Por fim, o estudo conclui que a transparência em torno dos mecanismos de intervenção de emergência deve se tornar um pilar central da governança blockchain, instando os projetos a divulgar publicamente se e como eles podem intervir na atividade on-chain.

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É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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