Renda Fixa

Renda Fixa: 3 rumos que o Copom pode dar à Selic e o que fazer em cada um

15 mar 2022, 14:18 - atualizado em 15 mar 2022, 14:19
Copom Banco Central
Copom está prestes a mexer na taxa Selic e os títulos de renda fixa podem reagir a três possíveis cenários (Imagem: Beto Nociti/Banco Central)

Os mercados já estão especulando o tamanho da elevação da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), decisão a ser divulgada nesta quarta-feira (16), após o horário de negociações. Títulos de renda fixa podem encarar três cenários e vale pena entender o que está em jogo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O quadro mais esperado pela maioria dos economistas é uma alta da taxa básica de juros da economia na ordem de 1 ponto percentual (pp), no mesmo ritmo da última elevação há 45 dias.

A taxa Selic passaria dos atuais 10,75% para 11,75% ao ano.

“Uma elevação de 1 pp na Selic é o que já está precificado nos títulos de renda fixa, portanto, não deve haver grandes surpresas nos preços e taxas dos ativos”, afirma Leonardo Milane, estrategista-chefe da VLGI Investimentos.

O ciclo de alta dos juros é um instrumento usado pelos bancos centrais para conter a inflação. No caso brasileiro, o IPCA tem se mostrado cada vez mais resistente, relutando a ceder.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, a inflação oficial do Brasil é de 10,54% de acordo com o IBGE, bem acima do teto estipulado pelo Banco Central.

Nesse contexto, os títulos públicos atrelados à inflação (conhecidos como Tesouro IPCA+) ganham a preferência de recomendação dos analistas, ao passo que conferem rendimentos reais ao investidor em um ambiente de inflação elevada e que não dá alívio ao bolso dos brasileiros.

Todavia, outros dois cenários ainda que menos prováveis de acontecer podem mexer com a rentabilidade da renda fixa no curto prazo.

Outros cenários

É preciso levar em conta que o Copom pode ser pressionado a pisar no acelerador na hora de mexer na taxa básica de juros, cogitando uma arrancada de 1,5 pp ou mais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um dos principais fatores para a virada de chave no BC é sem dúvidas o recente reajuste de preços dos combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras (PETR4).

“Adicionar à Selic mais 1,5 pp definitivamente não está no preço dos ativos e pode provocar uma reação negativa nas marcações a mercado dos títulos de renda fixa no curto prazo”, explica o sócio da VLGI.

Caso o Copom adote um tom mais dovish (menos agressivo) e banque uma alta de juros inferior à esperada pelo mercado como, por exemplo, 0,75 pp, a autoridade monetária pode ser vista como complacente com a inflação.

Mais uma vez, a reação dos títulos de renda fixa poderia ser negativa, considera Milane.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Prefixado, pós-fixado ou Tesouro IPCA+

Independente do tamanho da alta que o Copom confira à taxa Selic, o fato é que os títulos públicos pós-fixados no Tesouro Direto, conhecidos como Tesouro Selic, terão uma rentabilidade superior, já que acompanham diretamente os rumos da taxa básica de juros.

Outro ponto a se considerar é que o Tesouro Selic é o único dos títulos públicos que permite ao investidor vender cotas antes do vencimento sem qualquer chance de perder dinheiro por isso.

Já os títulos prefixados e os atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) conferem mais ganhos à medida que o vencimento dos mesmos são mais longo.

A ressalva é que as aplicações feitas em ambas modalidades estão restritas ao momento da compra e caso o investidor queira se desfazer daquele título de renda fixa antes do vencimento corre o risco de perder dinheiro na marcação a mercado, que ocorre diariamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
Linkedin Instagram Site
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar