Entrevista

Riachuelo (GUAR3): O que está por trás da nova loja conceito da varejista, segundo o CEO

12 dez 2025, 15:32 - atualizado em 12 dez 2025, 16:40
André Farber Riachuelo
André Farber, CEO da Riachuelo. (Imagem: Divulgação)

O ciclo de transformação da Riachuelo (GUAR3) se materializou na recém-lançada loja pop-up da companhia. Localizada na rua dos Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, o espaço consolida um trabalho de dois anos que ambiciona uma nova experiência de marca, produto e loja para a varejista de moda.

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Em entrevista ao Money Times, o CEO André Farber destacou o simbolismo das mudanças da companhia, apresentando ao público uma nova identidade visual e com objetivo de atrair fluxo de clientes para conhecer toda a transformação.

“A loja é o grande palco, é o teatro, é o campo onde a gente tem que entrar e fazer gol. Estamos vivendo a materialização dessa evolução. Mudou muita coisa na marca, logo, cor, ticker na Bolsa. Tudo se liga com nossa história, que nasceu no Nordeste e é brasileira”.

Segundo ele, as mudanças não alteram o público, mas têm como objetivo se aproximar e deixar a casa mais “charmosa”, levando o cliente para dentro de seus espaços físicos. Em uma era em que o digital tem grande relevância, Farber afirma que a companhia segue focada na omnicanalidade, ainda que o movimento destaque a experiência com a loja.

“Acreditamos muito em um modelo forte com loja física e digital. Hoje os modelos já são bem interligados, temos crescido muito no e-commerce, que tem bastante interligação com a loja. Atualmente, 30% dos pedidos são retirados em loja e temos outra parcela que saem de loja”, disse, em entrevista.

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A loja, com 240m², ficará aberta por um ano, contando com espaços para ativações que visam atrair a entrada do consumidor. A Riachuelo não tem intenção de replicá-la em outros locais, segundo o CEO. A ideia é “beber na fonte” da experiência com a pop-up store para aperfeiçoar as demais lojas.

Uma nova Riachuelo?

O timing da Riachuelo não passa despercebido. A companhia reuniu a mudança de nome de operação e ticker na bolsa, abertura da loja conceito e realização do primeiro Investor Day, na busca por embalar e entregar de forma concreta o trabalho de transformação da companhia.

No Investor Day, a companhia reforçou o horizonte de 150 a 200 novas aberturas e reformas de lojas, com receita potencial estimada entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.

A companhia destacou ainda sua ambição de manter um crescimento consistente da operação de moda, impulsionado pela expansão da linha de vendas de mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), ganhos de margem e maior eficiência da cadeia integrada.

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Na bolsa, a companhia vive um bom momento, com alta acumulada de quase 90% em 2025.



Vale lembrar que, a partir de fevereiro de 2026, a companhia deixará o nome Guararapes na B3 para utilizar Riachuelo, com o ticker passando de GUAR3 para RIAA3

Cenário macro não preocupa

Do lado macro, André Farber destaca que a Riachuelo sempre olha o longo prazo de forma otimista.

“Temos que fazer as coisas certas para sustentar a criação de valor de longo prazo. A maioria das decisões que tomamos são independentes do cenário macro. Obviamente em alguns momentos não conseguimos”.

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A exemplo disso, no atual momento, com a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, a companhia não está deixando de abrir loja e irá continuar. Por outro lado, a companhia renegociou a dívida para torná-la menor.

“Sempre olhamos para as diferentes variáveis tentando sempre preservar o longo prazo”, diz o executivo.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
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