CryptoTimes

Blockchain? Que nada, ricos de todo mundo buscam proteção em cofres enormes

23 nov 2019, 9:02 - atualizado em 23 nov 2019, 11:06
Cofre da IBV International Vaults terá paredes de aço e deve ser inaugurada no próximo mês (Imagem: Reprodução/IBV International Vaults)

A poucas quadras da Grosvenor Square, no bairro londrino de Mayfair, a 46 Park Lane lembra um clube privado com painéis de madeira e uma lareira ornamentada que remonta à era vitoriana da Grã-Bretanha.

Mas, ao descer um lance de escadas, encontra-se um dos lugares mais seguros de Londres. Construída pela IBV International Vaults, a fortaleza com paredes de aço deve ser inaugurada no próximo mês para atender bilionários à procura de um lugar para guardar seus pertences mais valiosos.

“Recebemos ligações todas as semanas sobre um cômodo disponível por 2,5 milhões de libras (US$ 3,2 milhões) ao ano”, disse Sean Hoey, diretor-gerente da IBV London, referindo-se a um espaço do tamanho de um apartamento.

A empresa, que também tem 550 cofres no local e espaço para mais 450, aposta na reputação de Londres como um “porto seguro”, mesmo com o Brexit.

De Londres à Suíça e partes dos EUA, os ricos buscam proteger metais preciosos, dinheiro e criptomoedas (Imagem: Facebook/IBV International Vaults)

Esta será a sexta unidade da IBV e dificilmente será a única empresa desse tipo a responder às demandas dos mais abastados.

De Londres à Suíça e partes dos EUA, os ricos buscam proteger metais preciosos, dinheiro e criptomoedas. Para alguns, é a ameaça de uma recessão global. Outros evitam depósitos bancários, pois as taxas de juros negativas obrigam bancos a cobrar para manter o dinheiro nas contas. Muitos estão preocupados com desastres naturais.

“Vimos uma demanda extraordinária por cofres desde que começamos a oferecê-los em 2015, e essa demanda realmente aumentou desde o final do verão”, no hemisfério norte, disse Ludwig Karl, porta-voz da Swiss Gold Safe Ltd., que opera em cofres de alta segurança.

“A maioria das pessoas diz que está se preparando para situações econômicas difíceis.”

bloomberg@moneytimes.com.br