Risco tarifário volta à tona e Trump ataca os Brics; prazo para acordos comerciais termina na quarta (9)
Após um longo período de negociações, a política tarifária dos Estados Unidos volta a ameaçar os mercados. No último fim de semana, o presidente Donald Trump ameaçou aplicar tarifas adicionais de 10% a países que se aproximarem dos Brics.
No Giro do Mercado desta segunda-feira (7), a jornalista Paula Comassetto recebeu Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, para comentar sobre o cenário internacional, às vésperas do fim do prazo de negociações comerciais, que vence na quarta (9).
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Para o analista, a situação eleva as tensões, mas ainda não é possível prever o que o governo americano fará. “Vimos nos últimos meses o Trump anunciando medidas muito drásticas e depois voltando atrás em grande parte delas, com menos intensidade”, afirmou.
Hungria classifica o ataque aos Brics como mais uma ameaça de Trump que deve ser contornada com futuras conversas e negociações. A respeito do prazo, o analista considera possível que o presidente americano estenda o prazo de negociações globais.
“Apesar de não estarmos chegando à conclusões, todas as tarifas parecem muito melhores que no primeiro momento. Em abril parecia um desastre, algo muito ruim para a economia global. Mesmo que ainda esteja devagar, nós vimos evolução”, afirmou, Hungria.
Projeções para o Brasil
O especialista também comentou o Relatório Focus desta segunda, com novas perspectivas para a economia brasileira. O destaque foi a projeção de inflação recuando, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve seguir positivo.
“Isso tudo corrobora para uma perspectiva de juros menores. Quem sabe, para um corte da Selic antes do que o mercado está esperando”, disse.
No mercado de capitais, o Ibovespa (IBOV) sente maior aversão ao risco e opera em queda. Por volta das 13h30, o principal índice da bolsa brasileira recuava cerca de 0,9%.
O programa ainda abordou o aumento na produção global de petróleo e os eventuais riscos para os preços. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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