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Rodolfo Amstalden: O Buy & Hold está morto, longa vida ao Buy & Hold

18 ago 2019, 20:15 - atualizado em 18 ago 2019, 20:15
“Os velhos bancões globais tentam sobreviver aos juros negativos, enquanto brigam contra as fintechs” (Imagem: Bloomberg)

Por Rodolfo Amstalden, CEO da Empiricus Research

Ok, já sabemos que buy & hold é bonito.

Você monta uma carteira de geração de renda, carrega essa carteira em longo prazo e corre para o abraço da aposentadoria perfeita.

Mas como fazer buy & hold em um mundo ditado pela disrupção.

Inovação disruptiva é a nova ordem corporativa; convergimos para a destruição criadora de Schumpeter sob ritmo exponencial.

Os velhos bancões globais tentam sobreviver aos juros negativos, enquanto brigam contra as fintechs.

Benjamin Graham está morto, Jorge Paulo virou dinossauro, ninguém mais sonha em fazer 40 anos de carreira na IBM.

Na década de 1960, a expectativa de vida das empresas do S&P 500 era de 61 anos.

Hoje caiu para 20 anos.

Quem sabe como vai estar em 2050.

Isso tudo exige um novo reconhecimento sobre apostas intrínsecas em ações.

Quando temos a sorte de apostar em empresas provocadoras da disrupção, ganhamos mil por cento em questão de meses (no futuro, semanas? Dias?).

Já quando temos o azar de apostar nas vítimas da inovação, perdemos tudo num piscar de cotações.

Os ganhos podem ser maiores, as perdas continuam limitadas até -100 por cento, e tudo acontece mais rápido, cada vez mais rápido.

Não é difícil perceber que, neste contexto, vale ainda mais a pena diversificar, comprar índices, botar 1/N por ação.

Talvez seja por isso que os ETFs estejam tão na moda, com suas taxas de administração disruptivas.

O custo do erro aumentou enormemente para quem deseja acertar e diminuiu enormemente para quem topa errar.

É uma boa notícia.

Se você topa errar pequeno para acertar grande, sua carteira pode estar a um passo de lucrar com Ganhos Explosivos.

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