Opinião

Rodrigo França: investimento em fundos de fundos agrega benefícios que vão além da diversificação

18 ago 2021, 20:12 - atualizado em 19 ago 2021, 13:26
Rodrigo França
“Quando a gestão é ativa, algumas estratégias e definições específicas podem ser seguidas”, disse o colunista (Imagem: Devant Asset/Divulgação)

O que mais se ouve sobre fundo de fundos é que ele é o produto ideal para investidores que não acompanham o mercado financeiro no dia a dia porque, sozinho, já proporciona uma diversificação importante da carteira. A atuação do gestor profissional é outra vantagem, já que traz mais tranquilidade e segurança para o investidor. Mas esses não são os únicos benefícios desse tipo de investimento.

De maneira geral, os FOFs têm dois perfis macros de gestão: a passiva, em que o gestor segue algum índice ou carteira pré-definida, e a ativa, em que há mais liberdade na montagem do portfólio. Em ambas, o objetivo principal do fundo é investir em cotas de outros fundos e, no caso do fundo de fundos da Devant, o foco é na estratégia imobiliária. 

Quando a gestão é ativa, algumas estratégias e definições específicas podem ser seguidas, evidenciando o estilo do gestor. O tamanho do fundo, por exemplo, é uma dessas características e pode colaborar com o seu melhor desempenho. Via de regra, quanto menor ele for, mais facilmente o gestor conseguirá movimentar a carteira. 

O Devant Fundo de Fundos FII (DVFF11) adota uma estratégia que tem como base o trading e a arbitragem e que pode ser comparada, em um primeiro momento, à dos fundos quantitativos.

Funciona assim: o trading agrega agilidade e possibilita a montagem e a desmontagem de posições estratégicas no curto ou curtíssimo prazo. Já a arbitragem permite capturar ganhos com a precificação (ou até mesmo má precificação) dos ativos por meio da análise de informações obtidas automaticamente. 

São analisados diariamente mais de 150 dados que vão desde a expertise e reputação da gestora do FII pretendido até aspectos específicos dos ativos que compõem sua carteira, por exemplo: a capacidade de carga de um galpão logístico ou os preços praticados na região em que um imóvel está localizado versus os valores dos contratos de locação. Tudo isso é feito para definir um rating para cada FII da indústria de fundos imobiliários e, a partir daí, identificar oportunidades para ganhos com arbitragem. 

Na prática, o gestor usa sistemas próprios programados por ele para otimizar os investimentos e promover análises em escala, tornando os giros da carteira frequentes e ágeis. Dessa forma, é possível obter uma adequação rápida a diferentes cenários. 

Com toda a mineração das informações automatizadas, sobra ao gestor tempo para mapear e identificar novas tendências e ciclos econômicos. Esse é um diferencial fundamental do DVFF11 em relação aos FOFs com estratégia mais “buy and hold”.

Portanto, além de obter diversificação e de contar com um gestor profissional para selecionar os ativos que farão parte de sua carteira, ao optar por um FOF, o investidor recebe uma leitura completa dos produtos e dos segmentos em que aplica. No caso do DVFF11, quando pretendemos alocar em um fundo de recebíveis, por exemplo, não olhamos o setor ou o fundo de maneira macro, ao invés disso, analisamos todos os documentos dos CRIs que pertencem à carteira. Ou seja, o nível de detalhamento é enorme e leva a decisões mais assertivas.

O investidor de FOF também tem o tempo a seu favor, pois há agilidade para entrar ou sair de posições estrategicamente. Outros benefícios do produto são o mapeamento de todos os setores para tomar decisões a favor do fundo com agilidade, e a oportunidade de entrar em operações inicialmente direcionadas a investidores profissionais (como ser o “seed money de outros FIIs).

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