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Rumo (RAIL3): Goldman Sachs corta recomendação para ação com El Niño; ainda vale compra?

17 jan 2024, 15:12 - atualizado em 17 jan 2024, 15:12
Rumo RAIL3 El Niño
As severas condições climáticas vistas para safra de soja e milho em 2024, por conta do El Niño, pesam sobre as ações da Rumo  (Imagem: YouTube/Rumo)

O Goldman Sachs, maior banco do mundo, cortou a recomendação para as ações da Rumo (RAIL3) de compra para neutro, em função de quatro fatores principais. São eles:

  1. preços do frete podem atingir pico depois de alguns fortes anos;
  2. perspectiva fraca (e ainda incerta) de safra em 2024, o que poderia levar a Rumo a um ambiente de receita unitária inferior durante 2025. As negociações de preços ocorrerão em meados de 2024;
  3. consenso do EBITDA esperado para 2025 cerca de 9% abaixo do projetado pela empresa;
  4. taxas livres de risco no Brasil já contratadas significativamente desde o final de 2022 (-210 pontos base), o que também limita o espaço para maior compressão no custo de capital e é particularmente relevante para estoques de infra.

Por fim, o banco vê a Rumo sendo negociada a aproximadamente 8,2x EV/EBITDA esperado para 2024 (vs 9x a média histórica). Isso limita o espaço para uma mudança significativa reclassificação, especialmente em um ambiente “tão incerto”.

Desde que Rumo foi adicionada à lista de compra do Goldman, em 19 de abril de 2022, o estoque subiu cerca de 29%, frente a alta de 14% do índice Ibovespa (IBOV).

O El Niño e a Rumo

Segundo o Goldman Sachs, as severas condições climáticas vistas para safra de soja e milho em 2024, por conta do El Niño, também explicam o corte de recomendação da Rumo.

As incertezas por conta do fenômeno climático fez com que RAIL3 subisse apenas 2%, contra uma alta de 12% do Ibovespa desde meados de outubro, quando as notícias sobre impactos no clima surgiram, num contexto de queda da taxas de 10 anos no Brasil e a Rumo sendo uma ação de alta duração.



Sendo assim, o preço-alvo para a ação é de R$ 26, com potencial de alta de 11,6%.

 

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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