Internacional

Rússia vs Ucrânia: Putin ordena operações militares e exige rendição das forças de Kiev

24 fev 2022, 0:57 - atualizado em 24 fev 2022, 0:57
Tanques russos durante exercício militar na região de Rostov 03/02/2022
Em comentários divulgados pela mídia russa, Putin disse que autorizou uma operação militar especial em áreas separatistas do leste da Ucrânia (Imagem: REUTERS/Sergey Pivovarov)

O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma operação militar no leste da Ucrânia nesta quinta-feira, no que pode ser o início de uma guerra na Europa devido às exigências da Rússia pelo fim da expansão da Otan para o leste.

Pouco depois de Putin falar, uma testemunha da Reuters ouviu o som do que pareciam ser explosões à distância da capital ucraniana, Kiev.

Explosões também abalaram a cidade separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, e aeronaves civis foram alertadas quando os Estados Unidos disseram que um grande ataque da Rússia ao país vizinho era iminente.

Em comentários divulgados pela mídia russa, Putin disse que autorizou uma operação militar especial em áreas separatistas do leste da Ucrânia e que os confrontos entre forças russas e ucranianas são apenas uma questão de tempo.

Horas depois que os separatistas pró-Rússia fizeram um pedido a Moscou por ajuda para impedir a suposta agressão ucraniana –alegações que os EUA descartaram como propaganda russa–, Putin disse que ordenou que as forças russas protegessem a população e exigiu que as forças ucranianas deponham suas armas.

Ele repetiu sua posição de que a expansão da Otan para incluir a Ucrânia era inaceitável.

No Conselho de Segurança da ONU, os EUA disseram pouco antes do anúncio de Putin que uma invasão era iminente.

“Estamos aqui esta noite porque acreditamos, junto com a Ucrânia, que uma invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia é iminente”, disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, em uma reunião de emergência.

“Esta noite estamos vendo os russos fecharem o espaço aéreo, mover tropas para Donbass e colocar forças para posições prontas para o combate. Este é um momento perigoso.”

reuters@moneytimes.com.br