Sabesp (SBSP3) decepciona no 4T22, mas privatização segue no radar; o que fazer com o papel?

As ações da Sabesp (SBSP3) lideravam as quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (24), com recuo de 5% por volta das 11h30, a R$ 45,8.

O movimento acontece após a companhia de saneamento do Estado de São Paulo registrar um lucro líquido de R$ 642,2 milhões no quarto trimestre de 2022, abaixo do que era esperado pelo mercado.

As estimativas da Bloomberg calculavam um lucro líquido de R$ 721 milhões no período.

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Para o Itaú BBA, o resultado da Sabesp veio negativo no 4T22, com tarifas médias mais baixas e um forte aumento nos custos e maiores despesas com inadimplência.

Os analistas do banco ressaltaram que os custos de inadimplência da companhia atingiram 5% da sua receita líquida no trimestre, acima das expectativas.

Apesar disso, Marcelo Sá e a equipe de analistas do banco esperam que os resultados melhorem nos próximos trimestres, levando em conta o “impacto positivo da revisão tarifária extraordinária e a possível redução de custos a serem entregues pela nova administração”.

O Itaú BBA reiterou sua avaliação de “outperform” para a Sabesp, calculando um preço-alvo a R$ 74,9 para as ações. A equipe reforçou que espera que o processo de privatização avance este ano, com vários marcos ao longo dos meses.

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Já a Ativa Investimentos teve uma avaliação neutra sobre os resultados da companhia. Do lado positivo, os analistas mencionaram as receitas superiores às expectativas.

A participação nos custos, despesas administrativas e comerciais ficou em linha, sendo 82,1% das receitas líquidas, ante 82,3% no 4T21, ponderou a corretora. Já o crescimento anual de 57,4% dos custos em materiais de tratamento também peso foi a surpresa negativa para os analistas da corretora.

A Ativa manteve a recomendação de compra para as ações da Sabesp e avaliou que os investidores devem seguir voltados ao “andamento de seus processos de RTE, reajuste tarifário e aos próximos passos de sua eventual privatização“.

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