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Safra avalia que 2025 é ponto de virada para Brava (BRAV3); ações sobem no Ibovespa

08 jul 2025, 14:26 - atualizado em 08 jul 2025, 14:26
Brava Energia petroleiras
As ações da Brava (BRAV3) figuram entre as principais altas do Ibovespa nesta terça-feira (8), chegando a liderar o índice pela manhã. (Imagem: iStock/ bymuratdeniz)

As ações das petroleiras figuram entre as principais altas do Ibovespa nesta terça-feira (8), com destaque para Brava (BRAV3) que chegou a liderar o índice durante boa parte da manhã.

Às 13h44 (horário de Brasília), os papéis avançavam 2,71%, cotados a R$ 18,18, impulsionados pela nova avaliação do Safra, que manteve a recomendação de compra para a ação, apesar de revisar o preço-alvo para baixo, de R$ 35 para R$ 27.



Segundo o relatório, o Safra vê 2025 como um ponto de virada para a Brava, com um crescimento significativo da produção, o que deve ajudar na desalavancagem e abrir espaço para possíveis avanços relevantes em governança.

No entanto, o banco chama atenção para os riscos persistentes de execução e para uma geração de caixa mais apertada no curto prazo, principalmente devido à carga significativa de capex (investimentos) prevista para 2025 e 2026.

A leitura dos analistas é que, mesmo diante do cenário de petróleo mais barato, com o Brent projetado a US$ 68 o barril em 2025 e 2026, a Brava pode se beneficiar da ampliação operacional. O Safra, no entanto, alerta que riscos de execução seguem elevados.

Safra rebaixa PetroReconcavo (RECV3)

No mesmo relatório, o Safra ainda realizou outras mudanças, entre elas o corte na recomendação da PetroReconcavo (RECV3) de compra para neutra, com redução no preço-alvo de R$ 26 para R$ 17. O motivo principal mencionado foi o menor potencial de valorização da ação frente aos pares, em um ambiente de petróleo pressionado pela maior oferta global, especialmente da Opep+.

Apesar disso, o banco reconhece que a companhia apresenta uma boa geração de caixa e estrutura de capital leve, o que pode se traduzir em dividendos atrativos para os acionistas. O pagamento de proventos acima do esperado, inclusive, é visto como o principal risco de alta para a ação.

Mesmo assim, no mesmo horário, a ação sobe 0,55%, a R$ 14,56.

A favorita: Prio (PRIO3)

A Prio (PRIO3) foi mantida como a top pick do Safra no setor de petróleo e gás. A recomendação de compra foi reiterada, mas o preço-alvo caiu de R$ 65 para R$ 56, refletindo a nova curva de preços do petróleo e ajustes no custo de capital.

A casa destaca a forte geração de caixa da companhia, mesmo diante de desafios operacionais e regulatórios, e vê grande potencial na expansão da produção, tanto de forma orgânica quanto via aquisições. A recente compra do campo de Peregrino é considerada um divisor de águas, podendo elevar a produção para mais de 200 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd) até 2026.

Com isso, a expectativa é de que a PRIO3 entregue um yield de fluxo de caixa livre de 14% em 2025 e 25% em 2026, antes dos pagamentos por aquisições.

As ações da companha também sobem, com alta de 2,11%, a R$ 42,64.

Petrobras (PETR4) também teve preço-alvo cortado

O Safra também manteve recomendação de compra para a Petrobras (PETR4), com redução no preço-alvo de R$ 48 para R$ 43. A estatal segue como uma opção atrativa pela sua escala e capacidade de geração de caixa, mas a pressão nos preços internacionais do petróleo motivou o ajuste nos modelos.

O banco reforça que o melhor caminho no atual cenário é focar em empresas com capacidade robusta de gerar caixa, diante da volatilidade do setor e dos preços internacionais mais baixos esperados para os próximos anos.

PETR3 e PETR4 davam impulso para o Ibovespa com alta de 2,41% e 1,56%, respectivamente.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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