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Saiba quem ganha ou perde com cenário de altos preços dos fertilizantes

17 set 2021, 10:41 - atualizado em 31 mar 2022, 19:30
Ibovespa
Preços elevados dos fertilizantes não devem ceder até pelo menos a safra 2022/23. Logo, como as ações do agronegócio brasileiro devem reagir? (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Analistas do Bank of America repercutem a visão de que os preços dos fertilizantes não devem cair nem tão cedo, após fala de Melih Keyman, CEO da Keytrade, empresa líder na negociação de fertilizantes.

O fornecimento do fertilizante tipo NPK — composto pelos marcronutientes Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) — parece bastante pressionada, segundo o executivo.

Ao mesmo tempo, os preços e a demanda do produto seguem elevados, à medida que a área plantada deve aumentar — principalmente no Brasil –, com produtores animados com os preços dos grãos no mercado internacional.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento  (Conab) estimam que a próxima safra de soja e milho no país deve crescer 4%.

Conforme relatório obtido pelo Agro Times, analistas veem a ação da SLC Agrícola (SLCE3) como a mais negativamente exposta ao cenário que se desenha ao NPK, seguida pela Adecoagro (AGRO), companhia brasileira com ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

“Vemos a SLC com potencial de alta de 25% na participação de mercado, mesmo assumindo o contexto de elevação de 35% nos preços dos fertilizantes norte-americanos nas safras 2022/23″, comenta o time de especialista do Bank of America.

Tirando proveito

Colheita de cana-de-açúcar
Impacto no setor de açúcar e etanol deve ser menor, na visão do banco estrangeiro, que lista duas ações no ramo (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Mas quem realmente deve surfar a onda com os preços dos fertilizantes elevados deve ser a 3tentos (TTEN3), ação novata na Bolsa de Valores brasileira e que atua no varejo agro.

“Avaliamos que as margens da 3tentos não devem ser prejudicadas ao passo que as mesmas estão ligadas ao mix de produtos comercializados em escala pela companhia agro”, destacam.

O impacto no setor de açúcar e etanol também deve ser menor, na visão do banco estrangeiro, considerando que as companhias no ramo não são 100% detentoras da produção de cana-de-açúcar, permitindo uma diferenciação na cesta de custos.

E dando nome aos bois, o Bank of America lista a São Martinho (SMTO3) e a Raízen (RAIZ4) como atrativas opções, sendo a última a menos exposta aos preços elevados dos fertilizantes, tendo energias renováveis e açúcar como 65% do Valor de Firma em 2022 sobre Ebitda (Lucro antes de impostos, depreciação e amortização).

Ação da Raízen é apenas uma promessa?

A estreia da Raízen (RAIZ4) na Bolsa de Valores brasileira foi de longe o maior IPO do ano, ao movimentar R$ 6,9 bilhões.

No entanto, pouco mais de um mês depois as ações da companhia — que se apresenta como a líder global em biocombustíveis — acumulam queda de 13%, com base na cotação atual.

Confira, no vídeo acima, a trajetória dos papéis e se eles são apenas uma promessa.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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