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Sanepar e Santos Brasil ganham mais participação na carteira Not Bad da semana

24 ago 2020, 11:59 - atualizado em 24 ago 2020, 11:59
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“Digo e repito: não tentem adivinhar quando o câmbio está caro ou barato”, diz William Castro Alves (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

CARTEIRA 

Mudança estrutural?

Para quem acompanha os meus posts de carteira irá perceber uma redução da parcela alocada no exterior. Explico: precisei temporariamente dos recursos para uma questão pessoal. Como o dinheiro estava em caixa aqui no US, saquei e vou usar essa semana. Não gosto de mexer em investimentos, mas tive que fazer. De qualquer forma, espero dentro de 60 dias retornar os recursos para os investimentos no exterior. A menos que eu decida comprar uma moto, trocar de carro, mobiliar o apê para onde estou me mudando… tentação de consumo na América é grande! Rs.

Eu avisei? 

No dia 27 de julho havia comentado do dólar… ele saiu de R$ 5.14 (quando muitos achavam caro) para R$ 5.62! Mais caro ainda? Tudo estava calmo na política e no mundo… VIX baixo e bolsas em alta e nada do Real cair….o que aconteceria quando tivéssemos ruído interno novamente? Óbvio que o que aconteceu! Dól para cima. Digo e repito: não tentem adivinhar quando o câmbio está caro ou barato! Foquem em ter recursos no exterior! Eu mesmo vou ter que readequar portfólio para voltar a ter a exposição maior aqui. Meu foco é em pelo menos 30%.

Carteira no Exterior. 

Não posso abrir os ativos da minha carteira no exterior, mas hoje tenho grande parte alocado em caixa – quase 50%. Tenho estado errado porque o mercado tem subido… mas tenho paciência. Quando falo caixa eu digo… caixa mesmo… parado.

Juros de 0.25% não compensa alocar em algum ETF de baixo risco que invista em títulos do governo americano. De resto penso que, diferentemente do que muitos pensam, não é mais arriscado investir no exterior não! Na verdade a volatilidade, ou desvio-padrão, ou qualquer outra métrica que meça o risco irá mostrar que o investimento em ações no Brasil é que é de fato mais arriscado. Então deveríamos ter mais receio de investir no Brasil em ações do que nos EUA… louco isso não? Pensem a respeito.

AÇÕES 

Nada de muito novo aqui… Nessa semana apenas comprei um pouquinho de Sanepar (SAPR11) aproveitando as quedas recentes. P.Médio em R$29.2.

No mais, não posso deixar de falar do resultado da COGN3. Números fracos de uma empresa que passa por uma mudança transformacional em um setor em total mutação. Resultado teve impacto de eventos não recorrentes (conta garantia pela aquisição da Somos) e do aumento para provisão de devedores, algo que também já devia ser esperado por quem entende minimamente o negócio dela.

Outro fator foi a redução do tícket médio, também resultado das mudanças para uma plataforma digital. Empresa reduzindo dívida, com uma posição de caixa ok para atravessar o momento atual – próximo dispêndio de dívida dela só em agosto de 2021. Empresa reduzindo o tamanho da Kroton e dos cursos presenciais e focando cada vez mais no digital. Vasta tem grande potencial e somente ela vale R$ 9BI segundo o valuation do IPO; logo todo o “resto” seria avaliado em R$3.3BI, considerando o preço atual. Me parece haver uma equívoco aí… mas eu sou viesado porque ainda tenho o papel.

Sobre o price action: interessante notar como o mercado é irracional e sujeito a diversos fatores que transcendem os fundamentos da empresa. Seus números iam ser ruins… todos já sabiam… o fato de ter uma torcida gritando que o papel valia R$10 empurrava a ação, mas não o Ebitda e lucro da empresa… Rs. Sim me arrependo de não ter saído de tudo acima dos R$ 9/ação como foi o caso de grande parte da minha posição. Até comentei aqui pouco mais de 1 mês atrás – link.  Faz parte. A R$ 6.56 não me parece fazer sentido zerar.

#NOTBAD

Aff… tá duro, irmão! Botando em contexto… posto e sigo essa carteira aqui no blog a 39 meses… são 3 anos e 3 meses. Durante todo esse tempo tive meses de alta e outros de baixa… ganhando e perdendo do IBOV. Mas os último 12 meses tem sido os piores de todo o tempo dessa carteira.

Segunda que vem irei postar o fechamento do mês e vocês poderão ver o histórico… anyway o fato aqui é que nos últimos 12 meses a carteira bateu o IBOV em 50% e perdeu em 50% … é tipo tocar uma moeda pra cima… 50% de um resultado ou outro…muito ruim! Tenho consciência disso e podem ter certeza que sou quem mais fica P… com isso.

Nesse mês, 3 ativos performam melhor (eles representam 50% da carteira), 1 está praticamente em linha (BBAS3 que é posição relevante) e outros 4 bem abaixo (eles representam 30%).

Enfim… ainda falta uma semana… será que dá para virar?

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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