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Sanepar (SAPR11): Por que aumentou o risco de ‘destruição de valor’

12 dez 2022, 14:44 - atualizado em 12 dez 2022, 14:46
Sanepar Ação
Corretora tem recomendação de “manter” para Sanepar, com preço-alvo de R$ 24 – potencial alta de 35%. (Money Times/ Gustavo Kahil)

O aumento dos investimentos para o período de 2023 a 2027 anunciado pela Sanepar (SAPR11) é negativo para tese da empresa, disse a Genial Investimentos.

A avaliação é feita após a segunda revisão tarifária periódica mostrar que a companhia não reconhece a totalidade de investimentos feitos entre um ciclo e outro.

“Sendo assim, o eventual aumento dos investimentos aumenta o risco de destruição de valor por parte da empresa entre um ciclo e outro”, afirmou o analista Vitor Sousa, que acompanha a Sanepar.

Em condições normais, destacou a Genial, o aumento de investimentos deveria ser comemorado por investidores e deveria ocasionar em maiores conexões (e volumes faturados), mudanças nos medidores, redução de perdas e uma revisão tarifária que reconheceria os investimentos feitos ao longo do ciclo na base de ativos regulatória da empresa.

Segundo a corretora, uma eventual mudança de postura do regulador pode fazer com que os analistas revejam o posicionamento. “Por enquanto, estamos céticos quanto a essa possibilidade devido ao fluxos de notícias relacionado a revisão tarifária, principalmente no que diz respeito ao reconhecimento dos investimentos na revisão passada”, disse.

A corretora tem recomendação de “manter” para Sanepar, com preço-alvo de R$ 24 – potencial alta de 35%.

O plano da Sanepar

Segundo o plano da Sanepar, 2023 deve contar com R$ 2 bilhões de investimentos, seguido por R$ 2,5 bilhões em 2024 e 2025, R$ 2 bilhões em 2026 e R$ 1,6 bilhões em 2027 – totalizando R$ 10,7 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.

Os novos números de investimentos representam uma alta em média de 23%, se comparados com os números divulgados no plano 2022-2026.

Em tese, o movimento significa que a companhia pretende investir mais em sua base de ativos, aumentando sua base de remuneração regulatória (BRR) – o que deve permitir maior reconhecimento de investimentos na próxima revisão tarifária e, por consequência, melhores tarifas.

“E claro, sem mencionar os maiores volumes oriundo das novas conexões, menores perdas, melhor medidores, etc”, destacou a Genial.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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