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Santander Brasil tem lucro líquido de R$ 2,280 bi no 1ºtri

26 abr 2017, 11:05 - atualizado em 05 nov 2017, 14:05

Santander

O Santander Brasil reportou lucro líquido gerencial, que exclui o resultado extraordinário e considera a reversão da despesa de amortização do ágio da compra do Real, de R$ 2,280 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 37,3% superior à vista um ano antes, de R$ 1,660 bilhão. Na comparação com os três meses anteriores, quando totalizou R$ 1,989 bilhão, houve incremento de 14,7%.

O lucro no comparativo anual foi motivado, principalmente, pelo resultado operacional que saltou 85,6%, crescimento de 27,6% na margem líquida financeira e de 24,3% nas receitas com serviços e tarifas bancárias. “Seguimos com crescimento recorrente do lucro líquido em 12 dos últimos 13 trimestres. Este aumento evidencia nossa capacidade de alavancagem operacional, pelo aumento das receitas impulsionadas pela maior velocidade de inovações”, avalia o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

No critério societário, o lucro líquido do Santander foi a R$ 1,824 bilhão de janeiro a março, elevação de 50,4% em um ano, de R$ 1,213 bilhão. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 1,537 bilhão, o crescimento foi de 18,7%. A carteira de crédito ampliada do Santander Brasil totalizou R$ 325,426 bilhões no primeiro trimestre, elevação de 0,8% em relação aos três meses anteriores, de R$ 322,783 bilhões.

Em um ano, quando estava em R$ 312,018 bilhões, foi identificada elevação de 4,3%. Sem considerar outras operações de crédito como debêntures e ainda ativos de adquirência, a carteira somou R$ 257,169 bilhões, expansão de 0,1% e 3,6%, respectivamente. O destaque de crescimento no crédito foi a pessoa física e o financiamento ao consumo, cujo avanço no primeiro trimestre ante o quarto ficou em 2,8% e 2,9%, nesta ordem. Em um ano, as elevações corresponderam a 9,8% e 9,4%.

Em contrapartida, crédito à pessoa jurídica encolheu 3,1% no trimestre e 1,1% em um ano. Os empréstimos para pequenas e médias empresas, público alvo do Santander no País, reduziram 0,9% e 4,6%, respectivamente. O Santander encerrou março com R$ 713,517 bilhões em ativos totais, montante 6,7% maior em 12 meses, de R$ 668,750 bilhões.

Em relação a dezembro, quando somava R$ 701,705 bilhões, houve alta de 1,7%. O patrimônio líquido do Santander foi a R$ 58,994 bilhões de janeiro a março, crescimento de 8,4% em um ano, de R$ 54,428 bilhões, e de 6,1% na comparação com os três meses anteriores, de R$ 55,598 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) foi a 15,9% ao final de março, elevação de 3,3 pontos porcentuais em um ano, de 12,6%.

Em relação aos três meses anteriores, houve alta de 2,0 p.p. Com tal desempenho, o Santander já superou a meta estabelecida para o final de 2018, de entregar rentabilidade de 15,6%. “No primeiro trimestre de 2017, alcançamos nossa maior rentabilidade dos últimos 5 anos, de um lado, por maior geração de receitas no varejo, como resultado das inovações comerciais e aumento da vinculação e, de outro por nossa disciplina de custos e gestão preventiva de riscos”, enfatiza o Santander. O Santander destaca ainda, em relatório, que a partir do primeiro trimestre deste ano, algumas participações societárias passaram a ser contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial.

Inadimplência

O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, apresentou melhora de 0,4 ponto porcentual no primeiro trimestre, para 2,9%, ante 3,3% no mesmo período do ano passado. Na comparação com os três meses anteriores, quando o indicador estava em 3,4%, a redução chegou a 0,5 p.p.

“A redução do índice foi influenciada pela baixa para prejuízo de um caso pontual no segmento de grandes empresas ocorrida nesse trimestre e pela evolução do nosso modelo de risco durante os últimos anos”, destaca o Santander, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras. A inadimplência da pessoa jurídica no Santander, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 1,9% ao final de março ante 2,7% em dezembro e 2,1% um ano antes.

Já o indicador da pessoa física ficou em 4,0% contra 4,1% e 4,7%, respectivamente e na mesma base de comparação. O índice de inadimplência de curto prazo, que considera atrasos entre 15 e 90 dias, atingiu 5,5% ao final de março de 2017, aumento de 0,7 p.p. em doze meses e de 1,2 p.p. três meses. De acordo com o Santander, o aumento no trimestre está relacionado em partes pela sazonalidade típica do período no segmento de pessoa física, cujo indicador de calotes subiu de 6,1% ao final de dezembro para 6,9% ao término de março.

Na pessoa jurídica, também houve piora, com o índice subindo de 2,8% para 4,3%. As despesas com provisões para devedores duvidosos do Santander, as chamadas PDDs, totalizaram R$ 3,052 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 0,79% ante um ano antes, de R$ 3,028 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, porém, quando a cifra ficou em R$ 3,388 bilhões, houve queda de 9,92%.

O resultado de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 2,264 bilhões no primeiro trimestre, redução de 6,6% em 12 meses e de 15,5% em três meses. “Essas reduções estão principalmente relacionadas a baixa para prejuízo de um caso pontual no segmento de grandes empresas e aos resultados positivos do nosso modelo, ao manter sob controle os indicadores de qualidade da carteira de crédito”, explica o Santander, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

O banco destaca ainda, no documento, que a partir do primeiro trimestre de 2017, em função da Resolução CMN 4.512 e Carta Circular Bacen 3.782, passou a consolidar nas despesas de crédito e de liquidação duvidosa, as provisões constituídas para garantias financeiras. O saldo de PDDs do Santander Brasil foi a R$ 17,084 bilhões de janeiro a março, aumento de 4,2% em um ano, de R$ 16,396 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, quando totalizou R$ 18,333 bilhões, entretanto, houve queda de 6,8%. O banco comenta seus resultados do primeiro trimestre em coletiva de imprensa, às 9 horas, em sua sede, em São Paulo.

(Por Aline Bronzati)

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