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Santander enxerga benefícios para Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) após prazo para acordo expirar

01 set 2025, 13:00 - atualizado em 01 set 2025, 13:00
minerva marfrig beef3 mrfg3
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Marfrig (MRFG3) informou na última sexta-feira (29) que o prazo para aquisição dos ativos uruguaios da Minerva (BEEF3) expirou, apesar do frigorífico negar a informação.

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O acordo, firmado em agosto de 2023, estabelecia a venda de ativos de abate de bovinos e ovinos para a Athn Food, controlada da Minerva. Segundo a Marfrig, as três unidades envolvidas na operação continuam operando plenamente, apesar do encerramento do contrato.

Segundo o Santander, os obstáculos regulatórios tornam a aprovação improvável, algo levemente positivo para às empresas, dado que:

  • Evita riscos antitruste para Minerva, preserva a flexibilidade do balanço e mantém espaço para potenciais dividendos extraordinários;
  • E para Marfrig mantém exposição ao Uruguai, onde o ciclo favorável do gado e a possibilidade de ganhos adicionais com as tarifas impostas pelos EUA à carne bovina brasileira podem sustentar os resultados.

No geral, os analistas seguem mais otimistas para Minerva, já que acreditam que o frigorífico se beneficiará por mais tempo do ciclo pecuário no Brasil, ao mesmo tempo em que continua reduzindo sua alavancagem.

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O Santander recomenda compra (outperform) para Minerva e preço-alvo de R$ 7,10 (potencial de alta de 17,94%). Já para a Marfrig, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 20 (potencial de queda de 15,47%).

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O acordo entre Minerva e Marfrig

No começo do ano, em fevereiro, a Minerva apresentou uma proposta revisada após a Coprodec (Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia) rejeitar a estrutura original do acordo em dezembro, devido a preocupações de concentração de mercado.

O novo acordo envolvia a aquisição de três plantas, sendo uma delas (Colonia) revendida imediatamente para a Allana Group, uma empresa indiana de alimentos. Essa versão aumentaria a capacidade da Minerva no Uruguai em aproximadamente 35–40% (contra cerca de 55% na proposta inicial).

Apesar do ajuste, o risco de reprovação permaneceu elevado, já que a Minerva ainda controlaria mais de 30% do mercado. A decisão final da Coprodec poderia sair até setembro, mas a resistência regulatória sugere baixa probabilidade de aprovação.

Uruguai está bem posicionado para atender os EUA

O processo de recomposição do rebanho no Uruguai aumentou a disponibilidade de animais, permitindo crescimento nos abates.

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As margens dos frigoríficos se expandiram, mesmo com os preços do gado ainda elevados, apoiadas pelo cenário favorável de exportação de carne bovina.

Olhando para frente, o Uruguai está competitivamente posicionado para atender ao aumento da demanda de carne bovina nos EUA, especialmente após a imposição de tarifas norte-americanas sobre a carne brasileira.

“Com acesso a cotas mais favorável do que o Brasil e o Paraguai, o Uruguai deve se beneficiar de volumes de exportação mais robustos e preços médios mais altos”, apontam Guilherme Palhares e Laura Hirata. 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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