Comprar ou vender?

Santander reafirma que é hora de comprar Hypera (HYPE3) e projeta alta de 10% nas ações até o final de 2025

16 jun 2025, 16:08 - atualizado em 16 jun 2025, 17:48
Hypera HYPE3 ações empresas investimentos balanço resultados 4T22 quarto trimestre guidance 2022 2023 empiricus
(Imagem: Divulgação/Hypera Pharma)

O Santander reforçou a recomendação de compra para as ações da Hypera (HYPE3) nesta segunda-feira (16) e elevou o preço-alvo para os papéis. 

O banco projeta HYPE3 a R$ 30,50 no final de 2025 — o que representa um potencial de valorização de 9,71% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (13). O preço-alvo anterior era de R$ 24,25. 

Segundo os analistas, a revisão para cima do preço-alvo para Hypera incorpora as novas estimativas do banco para as métricas da companhia após os resultados do primeiro trimestre (1T25). 

Na visão do banco, o último balanço apresentou um impulso melhor dos lucros, tendências melhores de margem e o valuation ainda barato em 2026. 

“O principal impulsionador do aumento do preço-alvo foi relacionado a um menor custo de capital e menor capex”, escreveram os analistas Caio Moscardini, Karoline Correia e Eyzo Lima em relatório.

Em reação, as ações da farmacêutica operaram em alta nesta segunda-feira (16). HYPE3 subiu 2,19%, a R$ 28,41. Acompanhe o Tempo Real. 



No ano, os papéis acumulam alta de quase 60%. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por que comprar Hypera agora? 

O Santander vê uma combinação de fatores positivos para as vendas da Hypera como o crescimento “mais forte” do mercado farmacêutico; o aumento no número de casos de doenças respiratórias no Brasil, e o lançamento de novos produtos. 

Os analistas também dizem estar mais confiantes em relação às margens da companhia, dada a depreciação do dólar, após as recentes declarações do CEO Breno de Oliveira na teleconferência de resultados do 1T25. 

O banco espera que, após o bem-sucedido processo de otimização do capital de giro, a empresa tenha um risco menor — o que deve levar as ações a serem negociadas a um múltiplo mais alto. 

“Nossos cenários sugerem uma assimetria bem equilibrada”, escreveram os analistas.

Mais valorização à vista 

Apesar da alta de quase 60% no acumulado do ano, os analistas veem espaço para mais valorização das ações da Hypera. O novo preço-alvo projeta alta de quase 10% até o final do ano. 

“Em nossa visão, o impulso de lucros aprimorado e o valuation barato devem continuar a impulsionar um desempenho positivo do preço das ações no curto prazo”, escreveram os analistas. 

Eles ainda afirmam que veem uma melhora nas tendências de sell-out (vendas para o consumidor final) nos principais mercados de tosse e resfriado, margens potencialmente se recuperando mais rápido do que o esperado, e o processo de otimização do capital de giro agora completo. 

“Houve muito ceticismo em relação à Hypera nos últimos oito meses, após o anúncio do processo de otimização do capital de giro. A ação agora está de volta ao patamar anterior ao anúncio do capital de giro, o que faz sentido, considerando que a Hypera teve sucesso (em nossa visão) ao longo do processo”, escreveram os analistas. 

Eles ainda consideram que os riscos de execução do ajuste de capital de giro “estão quase zerados, e, portanto, o risco implícito em nossas estimativas parece menor” .

“Assim, acreditamos que as ações HYPE3 merecem ser negociadas a um múltiplo mais alto daqui para frente. Além disso, vemos potencial revisão ascendente dos lucros pelo consenso”, diz o relatório. 

No cenário otimista, o banco projeta as ações a R$ 35 — o que representa um potencial de valorização de quase 26% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (13). Isso deve acontecer caso haja uma recuperação mais rápida nas vendas ao varejo (sell-in) após a otimização e margens mais altas no curto prazo, devido à alavancagem operacional e menor taxa de desconto

Já no cenário pessimista, HYPE3 pode ser negociada a R$ 19. Nesse cenário, o Santander assume níveis de serviço mais baixos no ponto de venda, e, portanto, o sell-out (venda ao consumidor final) desacelera, potencialmente levando a um sell-in menor em 2026.

Compartilhar

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.