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Santander: retomada da economia e corte de custos fazem alegria de analistas

28 jul 2021, 14:29 - atualizado em 28 jul 2021, 17:10
Santander
A companhia viu seu lucro praticamente dobrar no período, ficando em R$ 4 bilhões, alta de 98% (Imagem: Santander/Linkedin)

O Santander (SANB11), mais uma vez, mostrou resultados fortes no segundo trimestre, puxado pela melhora econômica. Mas o banco também fez a sua parte: o corte de despesas foi altamente elogiado por analistas.

A companhia viu seu lucro praticamente dobrar no período, ficando em R$ 4 bilhões, alta de 98% e acima da estimativa compilada pela Refinitiv, de R$ 3,979 bilhões.

“O Santander apresentou bom resultado trimestral, com destaque para o crescimento da carteira de crédito, margem financeira e receita com serviços, combinado com uma gestão eficiente de despesas, o que culminou em um excelente índice de eficiência”, afirma o analista Leo Monteiro, da Ativa Investimentos.

A carteira de crédito cresceu 3,5% em relação a março, impulsionada principalmente por consumidores e pequenas empresas, que mais do que compensou a queda no segmento de grandes empresas.

No ano, a alta foi de 15%, com todos segmentos apresentando expansão no período.

Sempre observada com cuidado, a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa atingiu R$ 3,3 bilhões, queda de 49% e em linha com esperado pelo Banco Safra.

Apesar disso, a Ágora destaca que as provisões aumentaram ante o primeiro trimestre, enquanto o índice de cobertura diminuiu para 263%, embora a taxa de inadimplência se mantenha relativamente sob controle.

Outro ponto positivo foram as taxas, que somaram R$ 4,7 bilhões, alta de 26,9%.

Na base anual, todos as linhas apresentaram forte aumento, embalada pela retomada da atividade comercial.

“O Santander apresentou um bom conjunto de resultados no segundo trimestre, mostrando tendências positivas no crescimento do crédito, com melhor mix e evolução positiva da receita líquida de juros com clientes, e nas receitas de tarifas, refletindo a melhor atividade econômica”, pontuam os analistas Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão, da Ágora.

O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander foi de 21,6%, um ponto percentual acima do trimestre anterior.

Segurando as pontas e inadimplência

O banco também teve bom desempenho no corte de despesas: houve queda de 15% no ano e 5% no trimestre.

Como o resultado, o índice de eficiência (métrica do Santander) foi de 33,8% (vs. 34,6% do último ano), batendo o recorde histórico,

O índice de inadimplência total de 15 a 90 dias atingiu 3,3%, aumento de 0,6 ponto percentual no ano, influenciado pela maior proporção do segmento pessoa física na carteira de crédito.

Já o índice inadimplência geral entre 15 e 90 dias caiu 0,3 ponto percentual em função da boa gestão de riscos e sazonalidade do período.

Santander
Na visão do Safra, mesmo com margens financeiras (NII) estáveis e uma provisão para perdas com empréstimos mais alta em relação ao trimestre anterior, os número mostram um banco saudável (Imagem: Santander/Divulgação)

Sem mudanças

Para a XP, o consumo do balanço abaixo do provisionado do Santander não será capaz de sustentar seus ganhos.

“Portanto, mantemos nossa recomendação de venda com preço-alvo de R$ 36”, completa.

Na visão do Safra, mesmo com margens financeiras (NII) estáveis e uma provisão para perdas com empréstimos mais alta em relação ao trimestre anterior, os números mostram um banco saudável e com desempenho sólido.

“Em nossa visão, o impulso operacional para o Santander deve continuar forte ao longo de 2021”, completa.

O banco tem recomendação acima da média para as ações (outperform)  do Santander, com preço-alvo de R$ 53.

Por volta das 14h28, as ações do Santander subiam 0,83% a R$ 41,54.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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