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Santander (SANB11) com lucro em queda: a expectativa do mercado para o 2T23

25 jul 2023, 16:40 - atualizado em 25 jul 2023, 16:40
Agência do Santander na Faria Lima (Kaype Abreu/ Money Times)
Analistas apontam que o Santander tem um dilema para resolver no balanço do segundo trimestre.  (Kaype Abreu/ Money Times)

O Santander Brasil (SANB11) deve apresentar no balanço do segundo trimestre de 2023 uma queda do lucro na base anual – assim como nos três primeiros meses deste ano -, mas com a possibilidade da melhora de outros indicadores.

Segundo o consenso da Reuters, o lucro líquido do banco deve cair 37,5%, a R$ 2,5 bilhões, resultado menor do que o das principais empresas do setor. O balanço é divulgado antes da abertura do mercado desta quarta-feira (26).

Para a XP Investimentos, o Santander deve apresentar um aumento de 8,9% na carteira de crédito, uma vez que o banco ainda está focando em mais linhas colateralizadas – que oferecem uma garantia ao credor.

Os analistas do Inter destacaram que o Santander deve ter um leve aumento da inadimplência, mas com efeitos positivos de renegociações e desaceleração nas concessões.

“Os efeitos de fechamento da curva podem trazer algum benefício no resultado com tesouraria do banco, mas o NII com clientes ainda deve mostrar um avanço tímido refletindo um menor ritmo de concessões e um mix mais voltado a créditos colateralizados, que trazem menores spreads”, disseram.

A Genial Investimentos afirmou que o Santander continuará com um balanço em níveis fracos, apresentando uma rentabilidade (ROE) de apenas 10,4%.

“A receita de tarifas continuará bem pressionada para o 2T23, com um possível alívio no final do trimestre com a retomada do mercado de capitais após os eventos de Americanas e outros casos de recuperações judiciais, além do crescimento de seguros e consórcios”, disse.

De acordo com o TradeMap, o Santander tem seis recomendações neutras e seis de venda, mas nenhuma de compra.

Dilema do Santander

Analistas apontam que o Santander tem um dilema para resolver no balanço do segundo trimestre. 

No mês passado, o STF julgou procedente a cobrança de PIS/Cofins sobre a receita financeira – como juros, por exemplo – dos bancos entre 2000 a 2014.

A decisão deve fazer com que o Santander provisione R$ 4,2 bilhões, estimam analistas. O valor havia sido, no primeiro trimestre, movido de provisões de riscos fiscais para provisões de crédito de liquidação duvidosa porque a probabilidade de incidência do imposto foi considerada naquela momento menor.

“É de se esperar que o Santander provisione novamente esse saldo, mas como fará esta realocação ainda não sabemos, e dessa vez pode ser que passe pelos resultados, caso o banco não queira retirar o reforço feito para o crédito”, disse o Inter em relatório.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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