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Santander (SANB11): Balanço do 1T23 reforça até perspectiva negativa para ação

25 abr 2023, 11:01 - atualizado em 25 abr 2023, 11:01
Santander
Para o BB Investimentos, o balanço do período mostra a continuidade da pressão sobre o Santander. (Imagem: Angel Garcia/Bloomberg)

O balanço do primeiro trimestre do Santander Brasil (SANB11), divulgado na manhã desta terça-feira (25), reforça uma perspectiva de neutra a negativa para as ações do banco, disseram analistas há pouco.

A instituição entregou um lucro líquido recorrente de R$ 2,14 bilhões, equivalente a um ROE de 10,6%. Mas o que chamou a atenção dos analistas foram os custos de captação elevados, crescimento de carteira fraco e deterioração marginal da qualidade do crédito.

A Empiricus Investimentos destacou que, não fosse uma reversão de provisão para riscos tributários, de R$ 4,2 bilhões, a companhia teria entregue um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

O efeito, segundo a casa de análises, vem da disputa judicial envolvendo a cobrança de PIS/Cofins sobre receita financeira, tributos que os bancos entendem ser devidos somente sobre receitas de produtos e serviços.

“Fica claro que a inadimplência segue pesando (e muito) sobre o resultado do Santander, que tem uma carteira de crédito mais arriscada”, disse em relatório assinado por Larissa Quaresma.

Além disso, segundo a analista, o já baixo ROE, de 11%, embute uma baixa qualidade de resultado, ajudado por efeitos não recorrentes. “Considerando o valuation já descontado (1x valor patrimonial), temos uma recomendação neutra para Santander Brasil”.

Pressão sobre o Santander

Para o BB Investimentos, o balanço do período mostra a continuidade da pressão sobre o Santander, “embora disfarçada de alívio”, por conta, segundo o banco, da melhora diante do trimestre anterior em diversas linhas.

“O ambiente de juros elevados permanece sendo o principal detrator para o Santander, já que mantém custos de captação punitivos e penaliza as receitas de tesouraria, por conta da estrutura de ativos e passivos”, disse o banco em relatório assinado por Rafael Reis.

O analista também ponderou que a Selic em alta direciona a alta da inadimplência, uma vez, segundo ele, que as parcelas mais suscetíveis dos segmentos de clientes vai se endividando e perdendo capacidade de pagamento.

“Os próximos trimestres devem permanecer sendo desafiadores para o Santander, e esperamos performance de neutra a negativa para suas ações no curto prazo”, afirmou Reis.

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