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Satisfeita com o dólar, Petrobras não sobe gasolina e etanol cai sem competitividade

16 jun 2021, 9:57 - atualizado em 16 jun 2021, 9:57
Combustivel, RJ
Combustíveis estão caros, mas etanol perde mais com Petrobras mantendo a gasolina estável (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Petróleo subindo (US$ 74,38, +0,60%, às 9h50) e etanol hidratado em liquidação diária nas distribuidoras. Isso só está acontecendo pela combinação de dólar baixo (R$ 5,05) e consumo lento.

A Petrobras (PETR4) não reajusta a gasolina porque acredita que suas despesas cambiais compensam a alta do óleo cru, o mercado de biocombustível não antecipa as compras porque já entendeu a política da estatal de que desse jeito não haverá aumento do concorrente e o etanol sente a rejeição do consumidor porque a competitividade vem deprimida.

“A gasolina está cara, mas o etanol também ficou caro, acima de R$ 4 na bomba, e as vendas caem por conta da perda da paridade”, informa Paulo Strini, trader e analista do Grupo Triex.

Em alguns postos de bandeira, passa de 80% a paridade, no estado de São Paulo, maior centro produtor de sucroenergia.

A trading está observando a possibilidade de que os preços caiam nas usinas esta semana, apesar de que ainda acredita numa “oferta contida” neste terceiro mês do início da safra no Centro-Sul.

Na semana passada, o hidratado ficou praticamente estável, segundo o Cepea, sendo vendido na usina a R$ 3,004, mais 0,07% de aumento, depois de mais 4,17% na semana anterior.

Nas distribuidoras lotadas em Paulínia (SP), as elevações da semana passada estão sendo devolvidas nos dois primeiros dias desta. Na terça recuou 1,58%, igualmente segundo o Cepea, com o litro ofertado a R$ 2,966.

Para o segundo semestre, Strini enxerga o cenário mais positivo para o etanol. A redução da moagem, pela menor disponibilidade de cana (a seca derrubará a produção), e o aumento sazonal do consumo nesse período – e aposta em altas do petróleo com muitas economias saindo da pandemia -, serão fatores de estímulo aos preços.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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