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‘Se não reestruturar dívida, não sobrevive’: Aumento de capital da Americanas (AMER3) é passo mais importante da RJ

22 maio 2024, 12:59 - atualizado em 22 maio 2024, 13:00

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O aumento de capital de R$ 12,2 bilhões até R$ 40,7 bilhões anunciado pela Americanas (AMER3) na véspera é o “maior e mais importante” passo da recuperação judicial (RJ), afirma a analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma.

Segundo Quaresma, o aumento, se for realizado em toda a sua extensão, é fundamental para a viabilidade econômica da varejista. Isso porque permite a reestruturação e consequente redução da atual dívida de quase R$ 50 bilhões.

“Sem o aumento de capital, a Americanas continua insolvente. Se não reestruturar dívida, Americanas não sobrevive”, diz no programa Giro do Mercado.

A analista ressalta, no entanto, que o processo deve diluir substancialmente os atuais investidores, uma vez que os credores, Cedar Trade, Sawdog Holdings e Samer Investment devem se tornar os maiores acionistas.

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Quaresma ainda destaca que pode haver uma pressão vendedora nas ações depois do aumento de capital, pois apenas 30% — uma minoria — das ações que vão ser convertidas têm lock-up. Esse mecanismo impede a volatilidade excessiva e a flipagem nos primeiros dias de negociação da ação.

Grupamento de ações não muda a vida do acionista

Também ontem (21), foi aprovado o grupamento das ações ordinárias da Americanas na proporção de 100 para 1.

Segundo a analista da Empiricus, o objetivo do grupamento é fazer com que a ação deixe de ser uma penny stock. Isso porque, quando os papéis são cotados a preços muito baixos, são inviabilizados de participar de diversos índices, como o Ibovespa (IBOV).

O grupamento está previsto para depois do aumento de capital, mas “não tem grande diferença para o investidor”. “É uma questão mais técnica que envolve o fundamento da empresa”, ressalta Quarema.

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O que esperar de Americanas?

Apesar da Americanas dar um passo importante para a reestruturação da dívida, a analista da Empiricus segue com dúvidas sobre o operacional da companhia no longo prazo. “Ela pode se tornar viável economicamente, mas tenho dúvidas se será rentável”, diz.

A varejista tem um guidance de Ebitda de R$ 1 bilhão, após a finalização da recuperação judicial, mas Quaresma acha a projeção “muito otimista”. Isso porque, nos últimos meses, a Americana teve Ebitda negativo de R$ 2 bilhões, sem contar os juros da dívida.

“A situação operacional ruim é reflexo da divulgação da fraude. Muita gente deixou de comprar na Americanas por desconfiança na companhia”, ressalta.

“Tenho dúvida se ela consegue recuperar a confiança do consumidor. Isso seria essencial para ela se tornar rentável novamente”, completa.

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A Empiricus tem recomendação neutra para AMER3. “Não é recomendação de compra, porque o gráfico técnico está muito desfavorável”, diz a analista.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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