Mercados

Selic a 13,25%: Ibovespa pode disparar com ‘cavalo de pau’ de Banco Central, veem analistas

02 ago 2023, 21:02 - atualizado em 02 ago 2023, 23:39
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“A curva de juros deverá cair, precificando um corte mais arrojado”, explica (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O corte de 0,5 ponto percentual do Banco Central pegou economistas e analistas de surpresa, que esperam forte reação dos mercado na próxima sessão de quinta-feira (3º).

Trata-se do primeiro corte na Selic em três anos. O ciclo de aperto monetário do BC começou em março de 2021 e seguiu até agosto de 2022, após 12 altas seguidas.

A reação já foi sentida lá fora. Por volta das 19h, o EWZ, o Ibovespa dolarizado, disparava 1,58%. No fechamento do dia, fechou em queda de 0,75%, acompanhando o mau humor dos mercados globais.

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Camila Abdelmalack;, economista chefe da Veedha Investimentos, classificou o movimento do BC como um cavalo de pau nas expectativas dos economistas. “A curva de juros deverá cair, precificando um corte mais arrojado”, explica.

Nesta quarta, as taxas precificaram chances maiores de o Copom cortar a Selic em apenas 0,25 ponto percentual, enquanto as taxas mais longas cederam, em um dia de alta dos rendimentos dos Treasuries no exterior.

“Vai ser uma reação eufórica. O mercado estava muito dividido entre 0,25 ponto e 0,5 ponto. Esse corte e mais um de 0,5 ponto, provavelmente, será bem recebido pelo mercado. Provavelmente continuará nesse ritmo de 50 bps, temos gordura para queimar. Bolsa em alta, dólar e DIs em queda”, explica Rafael Passos, da Ajax Asset.

A XP Asset diz que com corte maior em agosto e a sinalização adiante, os DIs Jan24 e Jan25 devem fechar, “segundo nossas contas rápidas, algo ao redor de 20 bps”.

“Pensando na dinâmica de mercado nas próximas semanas, entendemos que depois de ter telegrafado 25 bps e entregue 50 bps de corte, o mercado tem grande chances de avançar na precificação para 75 bps ou mais nas reuniões seguintes”, completa.

Bruno Monsanto, assessor de investimentos e sócio na RJ+ Investimentos, argumenta que os ativos de risco devem ganhar uma boa tração, enquanto os ativos de renda fixa vão ter um impacto ainda maior nas taxas ofertadas já a partir de amanhã, em relação ao que era disponibilizado até hoje.

“A gente vai ter algum alívio inclusive no mercado de crédito privado. Com isso deve acontecer menos ruído político, menos declarações e críticas do governo contra o Banco Central e um clima mais harmonioso entre Bacen e governo”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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