Economia

Selic: Taxa de juros deve ficar em 12% em 2023; entenda as decisões do BC

04 jan 2023, 11:00 - atualizado em 26 dez 2022, 15:48
Tesouro Direto, selic, juros
Mercado elevou a projeção da Selic para 2023 de 11,75% para 12%. Imagem: Shutterstock)

Em agosto do ano passado, o Banco Central optou por interromper o movimento de alta da Selic, estacionando a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. No entanto, a taxa não deve sofrer muitos cortes ao longo de 2023.

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No Relatório Focus, o mercado elevou a projeção da Selic para 2023 de 11,75% para 12%, indicando que o Banco Central deve manter uma postura rigorosa em relação à política monetária.

Embora a inflação seja a principal preocupação do Banco Central para decidir sobre a Selic, o risco fiscal do novo governo é algo que vem tirando o sono do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Em suas últimas atas, o Comitê de Política Monetária (Copom) vem apontando que as decisões do grupo estão levando em conta o futuro do arcabouço fiscal e como isso pode impactar na economia brasileira.

Selic: Sobe ou desce?

Há alguns meses, os economistas e analistas mais otimistas diziam que o Banco Central iria começar a cortar a Selic em março. Mas a maior parte do mercado apostava no final do primeiro semestre.

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Também há os mais pessimistas que apostam, inclusive, em uma alta residual de 0,25 ponto percentual entre fevereiro e março. Com isso, a Selic passaria para 14%.

“A chance de isso acontecer vai depender amplamente da ancoragem das expectativas, de como o mercado vai reagir e também da própria visão do Banco Central com relação ao hiato”, afirma Mauricio Oreng, superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander.

O economista concorda que a Selic deve encerrar o ano em 12%, sendo que os principais cortes devem acontecer só em 2024, quando o ano termina com as taxas de juros em 9%.

“Por enquanto, me parece que o Banco Central está relativamente confortável com essa posição de manter a taxa de juros juros estacionada por um período prolongado. A questão é quanto tempo que o Banco Central vai ficar parado”, destaca.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.