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Sem auxílio e com oferta maior está bom para o produtor de feijão; com o 1º e sem a 2ª, melhor ainda

18 fev 2021, 11:55 - atualizado em 18 fev 2021, 12:11
Feijão
Produtor de feijão paranaense tem tudo para sair melhor na segunda safra (Imagem: Pixabay)

O custo de produção inicial para o produtor de feijão paranaense, quando se considera o plantio nesta segunda safra, já é visto como vantajoso. Com os gastos totais, incluindo a colheita, também sinalizando mais baixos, a rentabilidade poderá ser das melhores.

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Isso, levando-se em conta, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) do estado, uma safra maior tanto do Paraná quanto de outros estados. Ou seja, mesmo com maior oferta no mercado e preços mais em conta recebidos na fazenda, o feijoicultor poderá se dar bem.

Agora, num cenário quase certo de renovação do auxílio emergencial a partir de março e num cenário incerto de condições de clima – que em se tratando de Paraná sempre estão presentes -, quebrando as expectativas de produção até o momento, a receita poderá ser mais positiva ainda, acredita o analista Carlos Salvador.

Um pouco mais de renda para o consumidor, mesmo nos R$ 200 como quer o governo, alimenta a demanda sobre um produto básico tanto quanto o arroz, repetindo o que ocorreu em 2020. Preços melhores.

Um pouco de complicações no futuro da safra, caso a transição de verão para outono e depois para inverno venha com geadas e estiagem, oferta um pouco menor. Preços melhores.

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Até agora, o técnico do Deral registrou custos variáveis (insumos etc) médios de R$ 87 por saca. O custo total estimado está em R$ 125. Bem abaixo dos dispendidos pelos produtores paranaenses em 2020 para a mesma segunda safra, quando o estado entra como o maior fornecedor nacional de feijão preto e entre os primeiros no feijão cores.

O plantio até agora chegou em 56% de área, calculada em 237 mil hectares, com “potencial”, frisa Salvador, de 469 mil toneladas e produtividade de 2 t/ha, aproximadamente, somando todos os tipos de feijão. Sobre 2020, o estado deverá sair com 12 mil/ha a mais, mas uma produção e produtividade muito superiores: 279 mil e 1,2 t/ha, respectivamente.

A estiagem pegou em cheio o desenvolvimento das lavouras, após o término do plantio passado, e teve efeito prejudicial durante o longo intervalo de colheita da segunda safra do Paraná, que vai de abril a julho.

Por isso, “muita água pode passar embaixo da ponte”, alerta Carlos Salvador.

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Mas, sem o mercado precificar o auxílio emergencial quase no horizonte e, naturalmente, a potencialidade de clima futuro prejudicial, os preços estão em queda, como esperado ao menos o recebido pelo produtor pelo feijão carioca.

Em janeiro, este tipo, esteve numa média de R$ 262 (R$ 288 em janeiro) a saca de 60 kg, com recuo de 9% nas parciais observadas pelo Deral em fevereiro. “Mas 42% a mais que em janeiro de 2019”, destaca o analista da instituição do governo estadual.

O preto, R$ 274 o mês passado – 116% superior ao vendido para atacadistas e indústrias em janeiro/20 – para R$ 300 até agora neste.

Mesmo que venham novos recuos (no carioca) caso o clima favoreça, os produtores locais já asseguram, também, preços bons sobre 2020.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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