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Sem clima para cerveja? Enfraquecimento da demanda é cíclico, avalia CEO, de olho na Copa do Mundo

30 out 2025, 15:58 - atualizado em 30 out 2025, 15:58
ambev abev3 dia da cerveja dividendos
(Imagem: Pixabay/spooky_kid)

A Ambev (ABEV3) está sob a pressão do enfraquecimento da demanda por cerveja, mas o CEO, Carlos Lisboa, avalia o movimento como cíclico. O volume de vendas de cerveja Ambev no Brasil caiu 7,7% no terceiro trimestre ante um ano antes e, segundo o executivo, 70% do veio do clima desfavorável.

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Ainda que “conjuntural”, durante a teleconferência após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do ano, Lisboa expressou preocupação com o impacto das condições climáticas na demanda pelo consumo da bebida alcoólica, tendo em vista que praticamente o período de julho a agosto teve impacto do inverno prolongado.

Neste sentido, o executivo destacou que decisões tomadas no segundo trimestre se mostraram relevantes neste último, justamente devido às dificuldades da indústria.  Essas decisões envolvem disciplina em custos, aspecto destacado positivamente por analistas após a divulgação do balanço.

Durante a teleconferência, CEO destacou ainda a pressão do cenário macroeconômico, especialmente no norte e nordeste, que continua a restringir o consumo discricionário e contribui para o impacto negativo na demanda.

Para 2026, há uma perspectiva positiva pela Copa do Mundo ocorrer justamente na época do inverno, o que pode mitigar um eventual efeito de clima. Além disso, os feriados do próximo podem impulsionar a companhia.

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Do lado estrutural, a Ambev está trabalhando para que o portfólio atenda as tendências de bebidas fáceis de beber, bebidas mais doces e a tendência de estilo de vida mais equilibrado, que vai na onda de wellness, conforme apresentado pelos executivos.

3T25 da Ambev

A Ambev divulgou na madrugada desta quinta-feira (30) um lucro líquido ajustado de R$ 3,84 bilhões referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25), crescimento de 7,4% em relação aos R$ 3,58 bilhões do mesmo período de 2024.

O resultado foi impulsionado pela menor despesa com imposto de renda, que compensaram uma maior despesa financeira líquida.

O Ebitda ajustado somou R$ 7,059 bilhões, uma queda de 0,1% em um ano, com margem de 33,9%, 1,9 ponto percentual acima do 3T24. A receita líquida ficou em R$ 20,85 bilhões, queda de 5,7% no critério reportado, mas com alta orgânica de 1,2%. sustentada pelo aumento de 7,4% na receita por hectolitro (ROL/hl).

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Os volumes totais caíram 5,9%, para 42,42 milhões de hectolitros, com resultados negativos em todas as unidades de negócio da companhia: Brasil, América Central e Caribe, América Latina Sul e no Canadá.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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