Biocombustível

Sem teto por fundamentos indefinidos, petróleo deixa imprevisível ritmo do etanol

14 jul 2020, 10:57 - atualizado em 14 jul 2020, 11:33
Petróleo
Petróleo balança entre mais produção e menor consumo, à espera de uma nova decisão da Opep+ (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)

O petróleo vem de rally nesta parte da terça-feira (14), depois do enfraquecimento da véspera, sob as condições preocupantes da demanda vis-à-vis a produção que pode sofrer aumento.

Para o setor sucroenergético, as atenções aumentam sobre a Petrobras (PETR3; PETR4), em relação ao teto que pode chegar o óleo cru e se refletir na gasolina, podendo influir nas pressões sobre o etanol nas usinas. Na semana que passou e no começo desta, o biocombustível conseguiu se recuperar na usina, indo a quase R$ 1,70 sem desconto, depois que ganhou competitividade.

Mais cedo na sessão de hoje, na ICE Futures (Londres), os operadores até tentaram segurar as cotações, com os dados das importações chinesas em junho. Mas o mercado tem no curto prazo a perspectiva de diminuição dos cortes de produção pelos países petrolíferos, temendo pela contrapartida na ponta compradora face aos obstáculos para a retomada das economias.

Às 11h30 (Brasília), o barril do Brent para entrega em setembro flutua muito nos dois lados da tabela, em torno dos US$ 42,70 e US$ 42,85.

Na Califórnia, foi estabelecido um certo grau de lockdown, que pode ser seguido por outros estados americanos tentando controlar a expansão acelerada da pandemia, além de alertas vindos do Japão e Alemanha.

E faltando pouco para vencer os cortes de 9,7 milhões de barris por dia, entre Opep e seus aliados, agrupados na chamada Opep+, e voltar aos números de 7,7 milhões de bpd a partir de 31 de julho, a oferta pode ter mais sobras do que o desejável.

Ainda haverá reuniões entre os membros do grupo, com Arábia Saudita e Rússia podendo apoiar a manutenção do cronograma – até ontem defendida pelo segundo país – ou a extensão dos cortes atuais por mais algum tempo.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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