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Ser Educacional tem resultado decepcionante, mas EAD foi ponto positivo, dizem analistas

16 nov 2020, 20:21 - atualizado em 17 nov 2020, 0:53
Facimed-Ser Educacional
O ensino à distância, o EAD, que ganhou mais importância com o coronavírus, foi o ponto brilhante, com forte captação (Imagem: Reprodução/Facimed)

O setor de educação continua penando com a pandemia do coronavírus. Com salas esvaziadas e a crise econômica batendo à porta, uma das principais empresas do segmento, a Ser Educacional (SEER3), divulgou resultados bem abaixo do esperado por analistas.

Segundo Fred Mendes e Flávia Meireles, que assinam o relatório da Ágora Investimentos, o Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 53,5 milhões, ficou abaixo das estimativas do Bradesco BBI e do consenso.

Eles afirmam, porém, que os efeitos negativos da provisão para devedores duvidosos em função da crise da Covid-19 devem se dissipar nos próximos trimestres

Para a dupla, o principal destaque negativo foi a queda considerável do ticket líquido, “embora acreditemos que deve haver uma melhora nos próximos trimestres”, pontuaram

Por outro lado, o ensino a distância, o EAD, que ganhou mais importância com o coronavírus, foi o ponto brilhante, com forte captação ante a captação fraca no ensino presencial, “já que os novos cursos digitais da empresa parecem estar entregando resultados promissores”, argumentam.

Contudo, a notícia pode não ser tão positiva, já que o impacto do segmento para a Ser é consideravelmente menor, dada a sua menor exposição.

Os analistas do BTG Pactual, Samuel Alves e Yan Cesquim, afirmam que a base de alunos continua sob pressão, com uma queda de 10%, implicando em uma redução de 12% na ingestão.

Recomendação

Tanto o BTG quanto a Ágora reafirmaram a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 16 e R$ 19 respectivamente.

“Mantemos nossa recomendação para a Ser Educacional, pois ela tem exposição limitada ao segmento em que estamos mais otimistas (EAD e cursos premium presenciais)”, disse a Ágora.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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