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Setor elétrico: mercado não dá bola para decreto de ajuda, e ações caem

19 maio 2020, 12:30 - atualizado em 19 maio 2020, 12:30
Setor Elétrico Energia Elétrica
Cautela: investidores querem saber quanto custará a ajuda às distribuidoras (Imagem: Unsplash/@cdubo)

Os investidores não deram bola para o decreto 13.350/2020, publicado na noite de ontem no Diário Oficial da União (DOU), e que estabelece as regras do pacote de ajuda às distribuidoras de energia elétrica, a fim de mitigar o impacto da pandemia de coronavírus no setor.

Por volta das 11h53, o Índice de Energia Elétrica da B3, que acompanha a oscilação dos papéis do setor, recuava 0,23% e marcava 61.050 pontos. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentava leve alta de 0,55%, em 81.642 pontos.

Das seis maiores distribuidoras de energia do país, apenas a Neoenergia (NEOE3) operava em alta (2,98%), cotada em R$ 16,24. As demais recuavam: Cemig (CMIG3), -1,03%; Light (LIGT3), -1,39%; Equatorial (EQTL3), – 1,42%; Energisa (ENGI11), – 2,02%; e Copel (CPLE3), – 0,86%.

Em um breve comentário sobre o decreto, a XP Investimentos não descartava uma eventual baixa dos papéis no pregão desta terça-feira (15), embora apostasse numa reação positiva.

Segundo Gabriel Fonseca, que assina a análise, uma alta do mercado hoje se deveria mais ao entusiasmo com a nova lei, já que havia muita expectativa sobre o resgate das distribuidoras.

Pacotão

Entre os pontos que aborda, o decreto estabelece regras para a cobertura do excesso de energia comprada pelas distribuidoras junto às geradoras, a neutralidade dos encargos setoriais e o adiamento do reajuste de tarifas para 30 de junho.

A XP Investimentos pondera, porém, que um ponto do decreto pode desagradar as distribuidoras e os investidores. Trata-se da antecipação do ativo regulatório. Na prática, isso significa que eles serão dados em garantia dos empréstimos que serão concedidos pelo consórcio de bancos que participará do plano de resgate.

“Acreditamos que isso significa que as distribuidoras arcarão com parte dos custos da ‘Conta-Covid’”, afirma a gestora. Além disso, as perspectivas do setor não são positivas, já que a deterioração da economia trará impactos no médio e longo prazos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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