Comprar ou vender?

Setor elétrico: XP recomenda três empresas com potencial de valorização de até 55%; veja quais

14 out 2025, 10:08 - atualizado em 14 out 2025, 10:08
copel eletrobras elétricas
XP recomenda compra de Neoenergia, CPFL e Light, com potencial de valorização de até 55% no setor elétrico brasileiro até 2026. (Imagem: Getty Images)

A XP Investimentos atualizou a sua cobertura das utilities brasileiras, iniciando a recomendação de compra para três empresas do setor elétrico: a Neoenergia (NEOE3), CPFL Energia (CPFE3) e Light (LIGT3).

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Os preços-alvo para 2026 são:

  • Neoenergia – R$ 42,60 (potencial de valorização de 55%)
  • CPFL Energia – R$ 45,40 (potencial de valorização de 19,8%)
  • Light – R$ 6,20 (potencial de valorização de 19,2%)

Neoenergia

Segundo a XP, a Neoenergia atravessa um momento estratégico decisivo. Com a venda da participação da Previ para a Iberdrola, surge a dúvida sobre o futuro da companhia: permanecer listada ou passar por um processo de deslistagem.

“Em nossa opinião, a Iberdrola poderia considerar uma oferta pública de aquisição (OPA) para minoritários, alinhando-se à estratégia global de expandir sua exposição a redes de forma agregadora e com valuation atrativo, além de permitir maior flexibilidade para alocar capital em vez de manter a trajetória como companhia listada”, afirma o relatório.

Se permanecer listada, a XP avalia que a Neoenergia negocia com um retorno interno real (IRR) atraente, beneficiada por fatores como longa duração, alta exposição a dívida indexada à Selic e alavancagem em queda. Esses elementos poderiam, no futuro, transformar a empresa em pagadora consistente de dividendos.

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Caso o mercado descarte a possibilidade de OPA, poderiam surgir oportunidades de compra em momentos de fraqueza. Se a empresa for deslistada, a XP estima potencial de valorização de 20% a 30%, dependendo das condições e datas de mercado. No curto prazo, o preço das ações tem sido sensível a qualquer notícia sobre o processo.

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CPFL Energia 

A XP considera a tese de investimento da CPFL como uma combinação saudável entre retorno e crescimento, embora com menor apetite para novos projetos relevantes. A companhia oferece uma TIR real atraente, apoiada em um portfólio de distribuição e hidrelétricas de qualidade, além de ativos de transmissão que mitigam tendências operacionais desafiadoras em sua área de renováveis.

Entre os gatilhos de curto prazo estão:

  • Ajuste tarifário da CPFL Paulista relacionado a um recebível de cerca de R$ 4,7 bilhões, referente a um PPA de autoprestação vencido judicialmente;
  • Possível decisão favorável do Supremo Tribunal Federal sobre a “tese do século” do PIS/COFINS, que poderia gerar aproximadamente R$ 2 bilhões adicionais;
  • Juntos, os valores líquidos equivalem à cerca de 10% da capitalização de mercado da CPFL.

Light

A XP avalia que a Light continua sendo um investimento de alto risco, mas com potencial de recompensas significativas. A empresa ainda depende da renovação da concessão da distribuidora, que deve viabilizar conversões de dívida em ações e aumento de capital, permitindo que o negócio alcance equilíbrio na geração de caixa.

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Três fatores podem reavaliar a companhia:

  • o fim de um PPA oneroso com a termelétrica Norte Fluminense, que deve reduzir o déficit de perdas de R$ 1,2 bilhão para R$ 0,9 bilhão;
  • o ajuste tarifário previsto para o próximo ano, que reinclui a geração distribuída e pode reduzir perdas em cerca de R$ 200 milhões;
  • e uma possível mudança metodológica da Aneel para áreas de alto risco, que também poderia reduzir aproximadamente R$ 200 milhões em perdas recorrentes.

Com esses gatilhos, a Light poderia gerar cerca de R$ 550 milhões em fluxo de caixa recorrente pós-impostos, potencialmente mais que dobrando o valor do patrimônio líquido.

As queridinhas da XP

A XP destaca que o setor de utilities no Brasil é historicamente atrativo, devido a taxas reais elevadas, ambiente regulatório estável, déficit de investimentos em infraestrutura, proteção contra inflação e baixa sensibilidade a ciclos econômicos.

Além disso, o setor geralmente negocia com spread sobre títulos soberanos de longo prazo, criando oportunidades de investimento sistemático mesmo sem gatilhos específicos.

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Dessa forma, o banco reiterou sua cobertura no setor com suas ações preferidas: Equatorial Energia (EQTL3), Engie Brasil (ENGI3), Orizon (ORVR3), Sabesp (SBSP3), Eletrobras (ELET3) e Copasa (CSMG3).

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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