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Shoppings: cenário tem se mostrado mais difícil do que o esperado, afirma BTG

01 jul 2020, 15:55 - atualizado em 01 jul 2020, 16:29
Na avaliação de Cambauva e Credendio, é muito difícil prever os próximos passos das autoridades públicas (Imagem: Shopping Penha)

O segmento de shopping centers está se mostrando mais árduo do que o esperado, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). Pouco após a reabertura de alguns empreendimentos, a volta das restrições mais severas em alguns municípios do país por conta do aumento de casos de covid-19 pegaram os analistas de surpresa.

“Não esperávamos tantos ‘ventos contrários’ para as empresas de shoppings. Na nossa perspectiva, esse cenário é bastante negativo para os varejistas, que precisam incorrer a vários custos operacionais para reabrir, mas são deixados com uma sensação de frustração por precisarem fechar de novo em tão curto espaço de tempo”, afirmaram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, analistas do banco.

Na avaliação de Cambauva e Credendio, é muito difícil prever os próximos passos das autoridades públicas. Atualmente, pouco mais de 400 shoppings estão abertos no país, número que pode cair ainda mais. O governador do Paraná, por exemplo, já anunciou sete cidades que precisarão voltar com as restrições.

“Depois das restrições nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, vimos um recuo significativo dos portfólios de companhias listadas: a Iguatemi (IGTA3), que já teve 100% de seus shoppings reabertos, conta agora com 54% do NOI (resultado operacional líquido) aberto (contra 69% da semana passada); a Multiplan (MULT3) tem 58% (de 71%); a brMalls (BRML3) tem 59% (de 70%); e a Aliansce Sonae (ALSO3) possui 64% (de 67%)”, destacou o BTG.

Seguindo a trajetória das demais empresas, a Cyrela Commercial Properties (CCPR3) comunicou nesta quarta-feira (1º) que suspendeu as atividades do Shopping Cerrado por 14 dias. O espaço havia sido reaberto na semana passada.

Diante do panorama desafiador, o banco manteve a opinião de que os shoppings terão dificuldades em coletar aluguéis nos próximos trimestres, o que deve levar a uma taxa de inadimplência maior.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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