Economia

Sinalização de candidatos com plano fiscal duro pode melhorar mercado antes das eleições, diz Mansueto

26 ago 2025, 6:47 - atualizado em 26 ago 2025, 6:47
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Mansueto Almeida se mostra surpreso e otimista com economia brasileira (Foto: Wenderson Araujo/CNA)

O economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou estar surpreso positivamente com dados de desemprego e inflação em baixa e que uma sinalização de plano fiscal duro por parte dos candidatos a presidência da República pode antecipar uma melhora do mercado.

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“Vamos precisar de um novo pacote fiscal que garanta a estabilização da dívida no próximo mandato, quem quer que seja o presidente. Se houver plano fiscal que mostre desaceleração forte do gasto e estabilização da dívida, mesmo que seja ao fim do próximo governo, imediatamente o mercado responde”, afirmou Mansueto em entrevista publicada nesta terça-feira (26) pelo jornal Valor Econômico.

De acordo com ele, mesmo que ainda não exista um plano pronto, mas apenas uma sinalização de que é preciso, após a eleição, apresentar um plano fiscal mais duro para alterar a velocidade de crescimento da despesa obrigatória já terá um efeito favorável do mercado muito antes da eleição.

“O quadro do Brasil melhorou. No início do ano, estimava-se inflação de 6% em 2025 e acima de 5% em 2026”, disse o economista-chefe do BTG, afirmando que a expectativa de inflação do banco para este ano é de 4,8%, abaixo do IPCA oficial do ano passado, que foi de 4,83%.

“A surpresa foi que, quando o desemprego caiu, em vez de subir, a inflação começou a cair. Estamos num cenário surpreendente, com o menor nível de desemprego da história e expectativas de inflação para 2025, 2026 e 2027 que ninguém esperava há três meses”.

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Mansueto Almeida afirma que o BTG ainda mantém o cenário de corte de juros a partir de janeiro de 2026, mas que novas leituras positivas de inflação podem antecipar o início dos cortes para o fim deste ano.

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br