Giro do Mercado

Sinalização positiva entre Lula e Trump ainda não muda cenário para tarifas: ‘motivação política não foi resolvida’, diz analista

16 out 2025, 15:05 - atualizado em 16 out 2025, 15:05

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A aproximação entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trouxe certo otimismo aos mercados nos últimos dias. No entanto, para Luan Aral, trader e especialista em dólar da Genial Investimentos, a relação tende a ser marcada por estratégia e pragmatismo político.

No Giro do Mercado desta quinta-feira (16), apresentado pela jornalista Paula Comassetto, o especialista comentou sobre o cenário de negociação entre os países, destacando que ambos devem tentar colher frutos políticos das negociações.

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“Lula e Trump são dois grandes estrategistas políticos. Ninguém chega à presidência da República, tanto dos EUA quanto do Brasil, sendo mais ou menos. Os dois são muito bons politicamente falando e o Trump é um excelente jogador, como ele tem mostrado”, disse Aral.

As declarações vieram no contexto da expectativa pela reunião entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e Marco Rubio, secretário de estado norte-americano. Eles discutirão as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelos EUA desde agosto.

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“A fala de Trump não trouxe nenhuma novidade. Ele disse que realmente tem uma boa química com Lula, mas parou por aí. Não houve sinalização de redução de tarifas, absolutamente nenhuma, a não ser o encontro entre o segundo que está prestes a acontecer”, afirmou.

O especialista acredita ser pouco provável uma resolução rápida em relação a questão tarifária, uma vez que a motivação para a imposição foi de cunho político. “Esse motivo político não foi resolvido ainda”, disse, se referindo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, questionada por Trump na ocasião.

Dólar, ouro e mercado americano

O trader também comentou o desempenho do ouro, que segue renovando máximas históricas. Aral destacou que a valorização está ligada ao movimento coordenado de bancos centrais em todo o mundo.

“São 34 bancos centrais cortando ou em vias de cortar juros. Isso sustenta a tese de ouro mais forte”, disse.

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Além disso, mesmo com dados do mercado de trabalho que justifiquem o corte de juros nos EUA, o especialista destaca que, neste momento, o Federal Reserve (Fed) não está levando em consideração a inflação ainda elevada no país.

No Brasil, Aral apontou que o câmbio segue o comportamento externo, com a desvalorização global do dólar, mas ponderou que fatores fiscais continuam no radar.

Em relação ao mercado norte-americano, Aral ressaltou que a temporada de balanços nos EUA começa com os bancos, mas o foco do mercado será direcionado para as companhias de tecnologia e inteligência artificial (IA).

Embora alguns analistas falem em uma possível bolha de inteligência artificial, o especialista avalia que o movimento ainda está no início.

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“Eu entendo que só estamos começando e existe muito espaço de crescimento para essas empresas, principalmente com o potencial de inovação em tecnologia de IA”, afirmou. De acordo com ele, neste momento a IA tende a performar ainda melhor.

O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais, o cenário fiscal do Brasil e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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