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Sinqia dispara 15% após compra de fintech de renegociação de dívidas

25 out 2021, 17:03 - atualizado em 25 out 2021, 17:04

As ações da Sinqia (SQIA3) dispararam 15% nesta segunda-feira (25), a R$ 18,82, após a empresa anunciar a compra de uma fatia da QuiteJá, uma fintech de renegociação de dívidas.

O movimento expressa um otimismo do mercado com a entrada da empresa em um novo segmento e com a possibilidade de vendas cruzadas, ao mesmo tempo em que devolve parte das perdas recentes — SQIA3 ainda acumula baixa de 20% neste ano.

A companhia pagou R$ 38,2 milhões por uma fatia de 51% na fintech, com opção de aquisição da parte restante — o preço foi atrelado ao valor de receita líquida e Ebitda da QuiteJá em 2024 e 2025.

A QuiteJá registrou receita líquida de R$ 20,3 milhões e Ebitda de R$ 5,4 milhões nos últimos 12 meses.

Segundo o BTG Pactual, o valor está em linha com o que se espera do mercado — múltiplos EV/vendas e EV/Ebitda de 3,7x e 13,9x, respectivamente. Mas o banco diz que a empresa deve crescer a um ritmo “muito rápido”.

“A solução da QuiteJá tem mudado a negociação de dívidas no Brasil, pois a empresa oferece um modelo 100% digital, em um processo para ajudar os credores a recuperar um grande volume de crédito e auxiliar as pessoas físicas em renegociar suas dívidas”, diz trecho do relatório Carlos Siqueira e Osni Carfi.

Para os analistas, a aquisição da fintech mostra que a Sinqia continua com sua estratégia de comprar empresas novas com produtos escaláveis e perfis de forte crescimento (e naturalmente pagando múltiplos mais altos).

“A QuiteJá deve se juntar ao Simply e FEPWeb na unidade de negócios Sinqia Digital, abrindo caminho para um novo mercado que movimenta bilhões de reais todos os anos: cobrança de crédito”, disseram os analistas.

Nos últimos 12 meses, QuiteJá recuperou R$ 222 milhões de crédito para os principais agentes de crédito do Brasil.

O BTG destaca que a Sinqia poderá fazer vendas cruzadas com os mais de 500 clientes da fintech. A recomendação é de compra para os papéis da empresa.

A Sinqia havia levantado R$ 400 milhões em uma oferta restrita, em setembro. A companhia adiantou que pretendia investir os recursos obtidos em crescimento inorgânico, em especial a ampliação de sua participação no mercado de softwares aplicativos para o setor financeiro.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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