BusinessTimes

Smart Fit é o papel para ter na retomada, aponta BBA

25 ago 2021, 18:41 - atualizado em 25 ago 2021, 18:41
Smart Fit
O BBA estabeleceu em R$ 33,40 o preço-alvo dos papéis da empresa, potencial de alta de 20%, com recomendação de compra

Menos de um mês depois de ter estreado na Bolsa, a Smart Fit (SMFT3) já começa a ganhar os holofotes das casas de análises. Entre elas está o Itaú BBA, que iniciou a cobertura dos papéis.

Única rede de academias listada na B3, de acordo com a corretora, a empresa tem um modelo de negócios forte e é uma boa pedida para surfar na onda da reabertura das economias.

“Na nossa visão, à medida que o processo de normalização da economia for ganhando força, várias oportunidades de criação de valor começarão a se materializar. E a companhia, que é líder de mercado na América Latina, está bem-posicionada para capturar esse momento”, argumenta.

O BBA estabeleceu em R$ 33,40 o preço-alvo dos papéis da rede, potencial de alta de 20%, com recomendação de compra. 

Modelo de negócios único

O analista Thiago Macruz, que assina o relatório, destaca que a empresa possui um modelo de negócios único, chamado de o “Alto Valor, Preço Baixo”, formato que mais cresce no mundo e que tem se mostrado vencedor no Brasil. Nessa configuração, a academia disponibiliza aos alunos equipamentos essenciais, destinados ao treino livre. 

“Assim, ela consegue um aproveitamento melhor de sua área – e rentabilizar melhor o espaço, quando analisamos o retorno por metro quadrado. Isso permite que ela consiga oferecer preços mais atrativos aos clientes. Essa é a principal estratégia da Smart Fit”, pontua.

Além disso, para Macruz, o fato de ter sido a primeira na América Latina a desenvolver o modelo representa uma grande vantagem para a Smart Fit.

A rede encerrou o primeiro semestre deste ano com 981 academias e 2,4 milhões de alunos distribuídos entre 13 países, o que a classifica como a quarta maior operadora de academias no mundo. 

Pelos cálculos do especialista, o ROIC (ou retorno sobre o capital investido) por academia da Smart Fit está em cerca de 20% a 25%.

“Este retorno é suficiente para remunerar o acionista, porém, não é atrativo o bastante para atrair novos competidores. Desta forma, conforme a rede cresce e ganha escala, será cada vez mais difícil para os concorrentes de menor porte competirem com a Smart Fit em termos de valor de mensalidade”, completa.

Mercado fragmentado

De acordo com a IHRSA, associação internacional que representa as empresas do mercado fitness, o número de frequentadores de academias cresceu a uma taxa de 7% entre 2010 e 2019, ano pré-pandemia.

No ano retrasado, 21 milhões de alunos estavam matriculados, contra uma população adulta de 991 milhões –, o que, segundo ele, sugere que há bastante espaço para crescimento.

Não bastasse isso, as cinco maiores redes de academia da América Latina respondem por apenas 17% do mercado, enquanto nos Estados Unidos esse percentual chega a 40%.

Papel caro, mas vale a pena

Pelos cálculos do analista, as ações da Smart Fit negociam com preço sobre lucro de 37 vezes em 2023. Quanto mais alto o valor, mais caro o papel. 

“Esse número não é considerado barato, porém, dado o potencial de crescimento futuro da companhia, acreditamos tratar-se de um nível de preço aceitável”, completa.

Está na hora de investir

Na semana passada, o Santander e o BTG Pactual também iniciaram a cobertura dos papéis.

O Santander viu a ação como uma boa oportunidade para aproveitar a consolidação da próspera indústria de fitness da América Latina, impulsionada por seu modelo de alto valor e baixo preço que permite que muitos frequentem a academia por um custo mensal barato.

Sendo assim, a instituição financeira recomendou compra para a rede de academias com preço-alvo de R$ 35 para o fim de 2022. o BTG também indicou compra para as ações da Smart Fit com preço-alvo de R$ 33.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.