Redes Sociais

Snapchat remove recurso de mensagens anônimas após morte de jovem de 13 anos

17 mar 2022, 20:43 - atualizado em 17 mar 2022, 20:43
Snapchat remove recurso de mensagens anônimas após morte de jovem de 13 anos
Com histórico de problemas na Justiça dos EUA, Snapchat é processado por mãe de jovem que se matou (Imagem: Unsplash/@maygauthier)

Mais um processo para a conta do Snapchat. Após enfrentar problemas com a Justiça devido à venda ilegal de drogas em sua plataforma, o Snap (SNAP; S2NA34) – empresa responsável pela rede social – agora tem outro escândalo em mãos: o suicídio de um garoto de 13 anos.

Kristen Bride, a mãe do jovem americano que tirou a própria vida no Estado do Oregon, nos EUA, está movendo uma ação judicial contra a Snap após identificar que seu filho foi vítima de cyberbullying.

De acordo com o processo em andamento, o menino recebeu mensagens anônimas de intimidação através dos aplicativos Yolo e LMK, que fazem parte do Snap Kit, comunidade de integração para desenvolvedores terceirizados do Snapchat.

Após a repercussão do caso, um porta-voz do Snap declarou que as redes sociais, até então integradas às suas plataformas, foram suspensas enquanto as investigações estão em andamento.

“À luz das graves alegações levantadas pela ação judicial, e por uma abundante cautela para a segurança da comunidade Snapchat, estamos suspendendo ambas as integrações do Yolo e do LMK Snap Kit, enquanto investigamos essas alegações”, declarou.

Até Joe Biden está preocupado com as redes sociais

No início de março, o presidente dos EUA, Joe Biden, reforçou sua preocupação com a segurança de jovens usuários de mídias sociais como Instagram e Facebook. Seu apelo inédito foi feito durante o discurso do Estado da União, que reúne anualmente o Congresso americano.

Para Biden, as empresas de tecnologia responsáveis por plataformas de interação digital deveriam revisar completamente seus protocolos de segurança com foco em usuários menores de idade.

“É hora de reforçar as proteções de privacidade, proibir a publicidade dirigida às crianças, exigir que as empresas de tecnologia parem de coletar dados pessoais sobre nossas crianças”, ressaltou o presidente na ocasião.

Joe Biden defendeu que as redes sociais melhorem a segurança para crianças
Presidente dos EUA, Joe Biden, fez seu apelo sobre a importância de proteger a integridade física e saúde mental das crianças nas redes sociais durante o discurso do Estado da União no Capitólio (Imagem: Saul Loeb/Pool via REUTERS)

Casos anteriores

Após o Instagram anunciar seus planos para a criação de uma rede social exclusiva para jovens usuários, organizações internacionais de proteção à criança assinaram uma carta conjunta direcionada a Mark Zuckerberg, CEO e fundador da Meta (FB; FBOK34), solicitando o encerramento do projeto.

Segundo as instituições, o problema da rede social, assim como das demais plataformas que aceitam usuários a partir dos 13 anos, está na falta de ferramentas de controle parental, assim como o controle e monitoramento de casos de assédio, bullying e perseguição nas redes.

TikTok também enfrenta problemas na Justiça americana
O TikTok também não escapou de problemas com a justiça dos Estados Unidos após utilizar dados de usuários infantis para o direcionamento de publicidades (Imagem: Shutterstock/Ascannio)

Além da Meta, o TikTok – sucesso entre crianças e adolescentes – recebeu uma multa milionária no início de 2021 após coletar dados de usuários menores de 16 anos e utilizá-los para o encaminhamento de publicidades. A lei nos EUA proíbe explicitamente essa prática para internautas com menos de 18 anos.

Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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