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Só corte radical de juros em todo o mundo pode brecar queda de ações, diz consultoria

11 mar 2020, 10:39 - atualizado em 11 mar 2020, 10:39
Mercados Wall Street NYSE
Tempos difíceis: coronavírus e petróleo pressionam os mercados no começo deste ano (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

Embora o pior momento da tempestade perfeita de coronavírus e briga pelo controle mundial do petróleo pareça superado, o mercado global de ações está longe de assinalar uma tendência consistente de recuperação.

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Não, pelo menos, até que os principais bancos centrais radicalizem o afrouxamento de suas políticas monetárias.

A avaliação é de Oliver Allen, que assina o relatório da Capital Economics sobre o assunto. “A perspectiva global é inacreditavelmente incerta”, afirma o analista.

O cenário mais provável, por ora, é que a recente queda dos ativos de renda variável estimule o Fed (banco central americano) a zerar sua taxa básica de juros nos próximos meses.

No mesmo caminho, o Banco Central Europeu deve cortar sua taxa em 25 pontos base (0,25 ponto percentual) em breve. Mas, para Allen, o efeito prático dessas medidas é quase nulo para recuperar o mercado mundial de ações.

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Abaixo de zero

“A menos que o Fed reduza a taxa abaixo de zero, ou o Banco Central Europeu corte muito mais no território negativo – embora, ambos pareçam hesitantes sobre isso -, é difícil enxergar os cortes de juros dando suporte para a alta das ações agora”, ressalva a Capital Economics.

Federal Reserve
Hesitação: para a Capital Economics, Federal Reserve reluta em aprofundar corte de juros (Imagem: Reuters/Chris Wattie)

“Estímulos menos convencionais seriam necessários”, acrescenta. Apesar de tudo, o cenário básico da consultoria prevê que a epidemia de coronavírus seja controlada ainda no primeiro semestre, o que daria margem para a recuperação da atividade econômica mundial, a partir de julho.

O analista observa também que é improvável que a guerra entre russos e árabes pelo mercado internacional de petróleo pressione as cotações da commodity por muito tempo.

“Desde a crise financeira global, os preços do petróleo raramente permaneceram abaixo de US$ 40 por barril por muito tempo”, diz.

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Assim, a Capital Economics estima que o barril encerre o ano ao redor de US$ 48.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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