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Soja abaixo de US$ 10? China, shutdown nos EUA e clima afetam preços

14 out 2025, 11:38 - atualizado em 14 out 2025, 13:31
soja china EUA grãos
(iStock.com/Roman Bulatov)

Os preços da soja em Chicago (contrato novembro) recuaram cerca de 2% desde a última sexta-feira (10), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma nova tarifa de 100% para China. Nesta terça (14), a oleaginosa recuava 0,52% por volta de 11h, em US$ 10,03 por bushel.

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O grão segue com seu suporte de US$ 10, já precificando questões negativas como a ausência de compras chinesas para a soja norte-americana e a ausência de um acordo comercial entre os países. 

Outro fator que coloca pressão nos preços é o clima na América do Sul, que ainda não trouxe grandes impactos, apesar de um atraso pontual do plantio no Brasil. 

“Se voltarmos a ver um clima positivo e isso trouxer um ambiente favorável na América do Sul, especialmente no Brasil, podemos ver um peso adicional nos preços em Chicago no fim do ano. É possível a soja o patamar de US$ 10, mas o suporte tem se mostrado forte ”, explica Luiz Fernando Gutierrez, coordenador de inteligência de mercado na Hedgepoint Global Markets.

No curto prazo, o coordenador na Hedgepoint Global Markets vê uma tendência lateralizada. “Não diria que existe uma tendência negativa para os preços”. 

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Os reflexos do shutdown, biocombustíveis e China 

O shutdown do governo dos EUA também afeta a clareza dos analistas com relação a projeções de oferta, demanda e estoques. Isso porque não foram divulgados dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para outubro, mas há expectativa de que o relatório de novembro seja publicado. 

“Além disso, tem a questão sobre os mandatos de biocombustíveis dos EUA, que ainda não teve definição. Isso pode mexer com os preços caso seja confirmado o aumento da mistura, sendo positivo para preços em Chicago”, fala Gutierrez.

Ele explica ainda que é fundamental vermos nos próximos dias um avanço das negociações entre EUA e a China, para entender o direcionamento da demanda pelo grão norte-americano. 

“Já havia expectativa de cortes nas exportações dos EUA em outubro e, se a falta de acordo persistir, novos cortes podem ocorrer em novembro”. 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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