Soja avança em Chicago com clima da América do Sul no radar
Os contratos futuros da soja negociados em Chicago avançaram nesta quinta-feira, com o clima adverso na América do Sul alimentando temores de uma crise de oferta no curto prazo.
O mercado operou brevemente em baixa já no final da sessão, em meio à valorização do dólar, que torna os produtos agrícolas dos Estados Unidos menos atrativos para importadores, disseram operadores.
Mas os preços voltaram a subir em seguida, já que a seca na Argentina e o excesso de chuvas no Brasil têm reforçado as preocupações com a oferta.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que poderá reduzir sua previsão para a safra de soja 2020/21 da Argentina, maior exportadora de farelo de soja do mundo, se não houver chuvas o suficiente em importantes áreas produtoras.
O Departamento de Agricultura dos EUA vai atualizar suas estimativas para as ofertas globais em um relatório na próxima terça-feira.
Com recordes de esmagamento e exportações dos EUA, já há projeções de uma redução nos estoques de soja do país para nível suficiente para apenas nove dias e meio antes da colheita norte-americana.
O contrato mais ativo da soja fechou em alta de 3 centavos de dólar, a 14,1050 dólares por bushel, após tocar máxima de 14,38 dólares na sessão. Na semana passada, o vencimento alcançou o maior nível desde junho de 2014, a 14,4575 dólares.
O milho recuou 2,75 centavos, para 5,3250 dólares o bushel, enquanto o trigo terminou em queda de 5 centavos, a 6,51 dólares/bushel.