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Soja: Chicago em alta atenua pressão do dólar e deve gerar vendas preventivas

04 jun 2021, 9:33 - atualizado em 04 jun 2021, 9:42
Soja
Armazéns estão cheios de soja que ainda não foram fixadas antecipadamente (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

A expectativa de clima melhor para a safra de grãos nos Estados Unidos, que fez recuar os contratos futuros na quinta, hoje (4) está em reverso e puxa de volta para o positivo todas as posições na Bolsa de Chicago.

A se manter essa tendência, deve trazer para o mercado algumas vendas novas de soja brasileira, já que anula em parte a perda cambial. Na volta das 9h30 (Brasília), os contratos de julho e agosto estão de 15 a 14 pontos mais altos, em US$ 15,64 e US$ 15,19 o bushel.

Com o dólar meio desanimado, sob aperto enquanto a B3 (B3SA3) pode avançar acima dos 130 mil pontos (Ibovespa), os produtores saíram dos negócios, informa o analista Vlamir Brandalizze. Se estancar a queda, como nesta parte da manhã – sobe 0,34%, a R$ 5,10 – melhor ainda.

Mas a situação climática americana é momentânea. A seca registrada nos últimos três dias, em algumas regiões produtoras sobre o grão em fase final de plantio, substituiu as boas chuvas da semana anterior.

E além de condições favoráveis em alguns estados, os mapas climáticos nos Estados Unidos não indicam longa permanência do estresse hídrico.

Fica, portanto, a dúvida para os produtores brasileiros, que ainda possuem em torno de 40 milhões de toneladas de soja para ser negociada, segundo as contas de Brandalizze.

Aproveita e fecha algumas vendas para saldar compromissos enquanto Chicago está em alta, absorvendo a perda em dólar?

Se ficarem fora do mercado, com dólar seguindo sob pressão de baixa e a soja voltar a cair – inclusive porque será uma safra cheia nos Estados Unidos e a China ainda anda devagar nas importações, evitando a especulação -, talvez tenham que esperar muito mais tempo. No mínimo até o segundo semestre.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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