Commodities

Soja e milho: USDA revisa oferta, pressiona Chicago, e clima e China serão os diferenciais

10 jul 2020, 16:15 - atualizado em 10 jul 2020, 16:39
Milho Commodities Agonegócio
Milho encerrou a sexta em queda maior que a soja, apesar desta apresentar índices maiores de produção (Imagem: Reuters/Mark Blinch)

As revisões sobre as estimativas de oferta da soja e do milho apresentadas nesta sexta (10) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não deram margem para sustentação das commodities, como se observou na parte da manhã dos trabalhos em Chicago (CBOT).

A soja caiu por produção e estoques finais americanos mais encorpados, como era aguardado pelos analistas. E o milho caiu porque os números recuaram menos do que o projetado pelo mercado, e, ainda, pressionado pelo aumento das projeções globais. As condições climáticas ficam agora mais sob atenção, bem como a demanda chinesa especialmente quanto à soja.

A oleaginosa fechou com queda de mais de 1% no vencimento agosto, a US$ 8,87/bushel. O milho ficou quase 3% menor e encerrou o pregão com o contrato julho a US$ 3,37/bushel.

Das 112,2 milhões de toneladas previstas para a oleaginosa no último boletim, de junho, a revisão foi para 112,54 milhões/t. E os estoque finais ganharam quase 1 milhão/t, subindo para 11,57.

As exportações trouxeram números estabilizados em 55,79 milhões/t.

Para o cereal, a queda na produção foi relevante, de 406,3 milhões/t para 386,1, enquanto a área plantada encolheu de 39,26 milhões de hectares para 37,23. A área plantada caiu de 39,26 para 37,236 milhões de hectares e a colhida de 36,26 para 33,99 milhões.

E os estoques do milho caíram 17 milhões/t, consolidados no informe de hoje em 67,26.

As exportações norte-americanas de milho também ficaram estáveis nos 54,61 milhões de toneladas.

Compensando, a produção mundial esperada pelo USDA parte para 1,188 milhões/t, perto de 20 milhões sobre a última projeção. E os inventários cresceram de 315 para 337,8 milhões.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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