Grãos

Soja: sem a surpresa de 115 milhões de toneladas da safra dos EUA, projeções atuais estão no preço

11 ago 2020, 16:14 - atualizado em 11 ago 2020, 16:22
soja
Soja americana está no radar cada mais em observação, tanto pela qualidade quanto por volume (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os produtores brasileiros que não anteciparam vendas da soja nova vão manter um olho atento no relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta semana. Se a safra por lá chegar à previsão próxima de 115 milhões de toneladas, os futuros mais longos da bolsa de Chicago (CBOT) podem ser pressionados.

Na avaliação de Vlamir Brandalizze, o quadro por hora não alimenta totalmente essa possibilidade, mas se espera uma safra muito boa e surpresas podem ocorrer, como o perfil das lavouras que se apresentam cada vez melhor.

Na casa de 114,1 milhões é o que a Brandalizze Consulting está repassando aos seus clientes.

“E o mercado em geral trabalha entre 113 e 113,5 milhões/t”, diz o analista.

Nestes patamares e até nos da sua empresa, Brandalizze não acredita em alterações no ritmo de preços, já que a China vem ditando de agora em diante o ritmo da demanda da soja americana.

As projeções do USDA em julho foram de 112,5 milhões/t, de lá para cá entrou no jogo as condições favoráveis das lavouras dos Estados Unidos.

Ontem foram divulgadas que 74% da soja encontram-se em boas e excelentes condições, contra 54% do ano passado, e pouco acima da última revisão. Mais grandes avanços na formação das vagens, entre outros parâmetros.

E os Estados Unidos caminham para ver a qualidade da soja, plantada mais cedo este ano, se tornar um dos períodos históricos. O grosso da produção vai chegar ao mercado quando a soja brasileira estiver começando a ser colhida, cuja estimativa já se fala em pouco mais de 136 milhões na temporada 20/21.

Vlamir Brandalizze classifica em 40% a já fixada externamente pelo Brasil, desta temporada que vai chegar – e pouco mais de 50% no Mato Grosso.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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