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Stablecoins poderiam solucionar a desbancarização em economias emergentes?

17 fev 2020, 13:14 - atualizado em 08 jun 2020, 15:13
Operadores surgiram para fornecer transferências quase instantâneas para reduzir o custo de enviar dinheiro ao longo do tempo (Imagem: Freepik/@rawpixel.com)

Em estudo feito por Erik Feyen, Jon Frost e Harish Natarajan, explica-se como iniciativas de stablecoin continuem desafios específicos de desenvolvimento, macroeconômicos e internacionais para países emergentes.

Dinheiro físico tem sido o principal meio de pagamento ao redor do mundo e o dinheiro de bancos comerciais fornecem segurança, transações remotas e permite a criação de outros serviços financeiros.

No entanto, para a população comum em países emergentes e economias em desenvolvimento (EMDEs), esse tipo de serviço não é muito acessível. Os “desbancarizados” moram longe das agências bancárias e o custo desses serviços é muito alto.

Além disso, a confiança no sistema bancário tradicional está abalada, já que houve diversas crises financeiras em que o poder econômico esteve limitado às grandes corporações.

Assim, muitas famílias em EMDEs dependem de remessas internacionais de baixo custo de parentes que trabalham no exterior. Logo, não podem depender de serviços custosos. Assim, operadores surgiram para fornecer transferências quase instantâneas para reduzir o custo de enviar dinheiro ao longo do tempo.

Criptoativos sofreram vários impedimentos, incluindo alta volatilidade de preço e desafios de escalabilidade, que previne que sejam adotados como um meio convencional de pagamento ou uma reserva de valor. Como resposta, as tais “stablecoins” surgiram.

A maioria tentou manter um valor estável e relativo a moedas fiduciárias (como e-money ou um comitê monetário) ou uma cesta de moedas fiduciárias. Para manter um valor estável, muitos adotam uma abordagem de garantia usando depósitos bancários, valores mobiliários governamentais ou criptoativos.

No entanto, stablecoins representam uma vasta gama de riscos, como integridade financeira, governança sonante, proteção a clientes, privacidade de dados, etc. Assim, precisam solucionar desafios relacionados à escala de adesão e ao seu uso como meio de pagamento ou reserva de valor.

Muitos desses desafios podem ser solucionados ou mitigados por regulamentações adequadas. Porém, tais políticas levam tempo e recursos para serem postas em vigor e possíveis oportunidades de stablecoins devem ser ponderadas contra riscos significativos.

Felizmente, stablecoins não são a única possibilidade, pois avanços tecnológicos deram a EMDEs a oportunidade de entrar na economia digital, com contas e serviços de pagamento mais acessíveis, seguros, baratos.

Talvez a maior vantagem dada pelas stablecoins é que elas chamam maior atenção aos desafios da inclusão financeira e pagamentos e remessas internacionais mais eficazes.

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