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Startup japonesa lança primeira stablecoin atrelada ao iene do mundo

27 out 2025, 6:01 - atualizado em 27 out 2025, 6:01
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Startup tem meta de emitir 10 trilhões de ienes (US$ 66 bilhões) em JPYC em três anos (Reuters/Dado Ruvic)

A primeira stablecoin do mundo atrelada ao iene foi lançada no Japão nesta segunda-feira (27), o que pode ser um passo pequeno, mas significativo em um país onde muitos consumidores ainda preferem utilizar meios de pagamento tradicionais, como dinheiro em espécie e cartões de crédito.

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A JPYC, uma startup japonesa, começou a emitir as stablecoins (também chamadas JPYC), que são totalmente conversíveis em ienes e lastreadas por poupanças domésticas e títulos do governo japonês (JGBs).

A empresa tem como meta emitir 10 trilhões de ienes (US$ 66 bilhões) em JPYC ao longo de três anos e fazer com que os ativos digitais sejam amplamente utilizados no exterior. Inicialmente, ela não planeja cobrar taxas de transação, a fim de estimular o uso da moeda e pretende gerar receita a partir dos juros obtidos com os títulos do governo japonês.

“Esperamos impulsionar a inovação ao oferecer às startups acesso a taxas de transação e liquidação mais baixas”, disse o CEO Noritaka Okabe em uma coletiva de imprensa.

“A interoperabilidade global crescente também nos beneficiaria, então estamos abertos a parcerias de capital”, acrescentou.

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As stablecoins baseadas em blockchain geralmente são lastreadas em uma moeda fiduciária e oferecem transações mais rápidas e baratas.

Com o forte apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as stablecoins atreladas ao dólar americano cresceram rapidamente e agora representam mais de 99% da oferta global de stablecoins, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS).

O interesse por stablecoins também vem ganhando força globalmente, com os três maiores bancos do Japão planejando emitir stablecoins em conjunto, informou o jornal Nikkei neste mês.

Tomoyuki Shimoda, ex-executivo do Banco do Japão e atualmente acadêmico na Universidade Rikkyo, afirmou que as stablecoins lastreadas no iene não terão o mesmo impulso das que são apoiadas pelo dólar americano, a moeda de reserva global amplamente utilizada no mundo.

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“Há muita incerteza sobre se as stablecoins atreladas ao iene se tornarão amplamente difundidas no Japão”, disse. “Se os grandes bancos entrarem no mercado, o ritmo pode acelerar. Mas ainda pode levar pelo menos dois a três anos”.

Formuladores de políticas expressaram preocupação de que as stablecoins possam facilitar a movimentação de fundos fora dos sistemas bancários regulados e enfraquecer o papel dos bancos comerciais nos fluxos globais de pagamento.

“As stablecoins podem emergir como um ator importante no sistema de pagamentos global, substituindo parcialmente o papel dos depósitos bancários”, afirmou o vice-governador do Banco do Japão, Ryozo Himino, em um discurso na semana passada, pedindo que reguladores internacionais se adaptem.

Em outras partes da Ásia, a Coreia do Sul prometeu permitir que empresas lancem stablecoins lastreadas no won, e a China também considera autorizar o uso de stablecoins lastreadas no yuan.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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