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Suco de laranja seca mais de 7% após ralis de máximas, mas tem meios para transbordar novamente

28 jan 2022, 15:05 - atualizado em 28 jan 2022, 15:06
Laranja
Safra brasileira não muda perspectiva de forte quebra com as chuvas, além de aumentar a incidência de doenças (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Depois de transbordar máximas nunca vistas, como os 161,55 centavos de dólar por libra-peso alcançados ontem, o suco de laranja baixou para o meio do copo nesta sexta-feira (28), na ICE Futures, Nova York.

Interrompeu a sequência de alta e voltou aos níveis do dia 18, na altura dos 151,55 c/lp, em recuo de 7%, faltando menos de duas horas para bater o sino de fechamento na bolsa de soft commodities.

Com os mercados financeiros mais tranquilos, sem incentivar o ajuste, a realização de lucros surpreende pelo tamanho, não pela oportunidade de se fazer dinheiro, tradicional após ralis.

O mercado devolve 10 c/lp, aproximadamente, em meio ao viés de alta do suco, quando a demanda dos Estados Unidos se aquece (e a safra é menor) e a oferta brasileira segue mantida sem mudar o panorama de drástica queda, registrada pela Fundecitrus em dezembro. O último levantamento deu 30 milhões de caixas a menos de laranjas, para 264,1 que serão entregues.

E as chuvas no cinturão citrícola, nesta safra que corre, mais tardia, não recuperam a produção depois de forte seca no período de desenvolvimento, mas acabam inchando com mais água os frutos, de modo que a qualidade ainda é prejudicada para as esmagadoras. E e se a seca passada diminui o cancro cítrico, o excesso hídrico traz de volta a doença a mais pomares.

Daí que, por esses fatores, os agentes participantes dos mercados futuros devem voltar a montar posições.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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