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Suinocultor não reagia ao seu déficit e poderá quebrar se ração disparar via Ucrânia

26 fev 2022, 12:37 - atualizado em 26 fev 2022, 16:47

 

Criação de suínos
Custo de produção do suíno não tem contrapartida em preços finais (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

A diferença entre o custo de produção do suíno com ração e o preço de venda do quilo para abate gira nos R$ 2. O produtor já está com déficit, agora assombrado pelas incertezas que rondam os preços do milho e trigo depois da invasão da Ucrânia.

“E não visualizo capacidade de a ponta final conseguir repassar aumentos”, completa o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, lembrando do momento delicado para o produtor seguir no negócio.

Então, diante da inflexibilidade do mercado consumidor e já amargando prejuízos, pagando de R$ 8,50 para engordar o porco e recebendo entre R$ 5,50 a R$ 6/kg, média desta semana tumultuada, fica só a esperança de acomodamento dos mercados diante da inevitabilidade da situação na Europa do Leste no curto prazo.

O trigo sente a pressão altista, pelas condições de oferta prejudicada da Ucrânia, e também a da Rússia, caso as sanções deteriorem o fluxo comercial do país. Mesma coisa com o milho, especialmente o produzido pelo país invadido, em maior volume.

Ainda que possa haver repiques de baixa, por realização de lucros, como ocorreram na sexta.

Daí que o primeiro semestre está dado como difícil de haver condições de melhoras de custos e mesmo a esperança depositada numa boa safra de milho de inverno não deixa Folador vislumbrar uma queda nos preços do grão.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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