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Custo da invasão da Ucrânia está em mais R$ 10 a saca de milho e trigo para a suinocultura

24 fev 2022, 14:44 - atualizado em 24 fev 2022, 14:50
Suínos
Produtores de suínos já sentem alta nos preços da soja, milho e trigo com a invasão da Ucrânia (Imagem: REUTERS/Tom Polansek)

Os produtores de suínos do Paraná, como certamente também os de frangos, já sentem o peso dos tambores de guerra da Rússia na Ucrânia. Os preços do milho, trigo e soja estão disparando juntos com as tropas invasoras, em escala que acabará chegando às gôndolas.

Ontem, o milho estava sendo pedido a R$ 102, R$ 103 a saca, nesta quinta (24), já tem oferta a R$ 110 a R$ 112.

O presidente da Associação Paranaense do Suinocultores (APS), lembrando que os três grãos são praticamente insubstituíveis na comida dos porcos, já que não têm outros em volume e valores energéticos.

No caso do trigo, que sofre direto o peso da guerra – pela forte produção russa e ucraniana -, estava com preços praticados na quarta no máximo a R$ 90. Hoje já tem armazéns e produtores querendo até R$ 100.

E o farelo de soja, a R$ 3,4 mil a tonelada, em ascensão de preços, como os outros dois componentes básicos da suinocultura e avicultura, além da bovinocultura (um pouco menos dependente).

“Os custos de produção já estão altos e dificilmente vamos conseguir segurar os preços”, aponta o produtor e presidente da APS, para quem, no entanto, a proteína de porco é ainda uma das mais baratas do mercado.

O cenário atual, se estendendo para o primeiro semestre, vai ficar mais complicado porque mesmo que venha uma boa oferta do milho safrinha (inverno) a valorização internacional vai seguir puxando as cotações no mercado doméstico.

Presidente do Friogírifco Notable, Edson Wigger, não tem dúvidas de que a pressão sobre os custos aumentará.

“Penso que com a Ucrânia fora do mercado, vai ficar tudo mais revolto”, diz o empresário de Santa Catarina.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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