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SulAmérica economizará R$ 400 milhões com coronavírus

19 jun 2020, 17:40 - atualizado em 19 jun 2020, 19:12
Imunidade: restrições à mobilidade reduziram os pedidos de procedimentos não relacionados à Covid-19 (Divulgação/SulAmérica)

A pandemia de coronavírus fez o banco suíço UBS gostar mais da SulAmérica (SULA11). Mas, nesse caso, o que tem sido um flagelo para a maior parte da economia contribuirá para que a empresa economize dinheiro.

O UBS estima que cerca de R$ 400 milhões em consultas e procedimentos médicos deixarão de ser feitos pelos seus clientes, por causa da Covid-19.

“Apesar da alta taxa de contágio no Brasil, a ocupação do sistema privado [de saúde] tem ficado abaixo das expectativas”, afirma o UBS.

“As restrições à mobilidade acarretaram uma severa redução em vários procedimentos, beneficiando as seguradoras”, explica. Outro reflexo seria uma queda de 200 pontos-base na taxa de sinistralidade da empresa.

As estimativas foram publicada em relatório que o UBS distribuiu aos clientes nesta sexta-feira (19) e obtido pelo Money Times. Nele, o banco suíço promove uma revisão geral de sua tese de investimento para as units da SulAmérica.

Parecer

Vinícius Ribeiro e Mariana Taddeo, que assinam a análise, realizaram dois movimentos. De um lado, cortaram o preço-alvo do papel de R$ 62 para R$ 54. A nova cifra representa um potencial de 23,5% de valorização sobre a cotação usada como referência pelo banco. De outro, elevaram a recomendação de neutra para compra.

Além do impacto positivo da Covid-19 nas contas da companhia, a dupla afirma que ela apresenta uma grande resiliência, baseada em alguns fatores já conhecidos e em algumas novidades. Historicamente, diz o UBS, a SulAmérica é hábil em equilibrar a rotatividade de sua carteira.

Além disso, uma nova linha de planos de saúde, batizada de Direto, diversificou o portfólio da companhia. Ela também é importante, segundo o UBS, para que a seguradora conquiste mais participação de mercado neste ano.

O banco suíço estima um ganho de aproximadamente 30 pontos-base entre este ano e o próximos. Os analistas também gostaram da mudança de foco da companhia, rumo ao setor de seguro-saúde, após a compra da Paraná Clínicas.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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